Rondônia terá pior índice de poluição do continente
A intensa fumaça foi observada pelas estações metereológicas dos aeroportos de Guajará-Mirim, Porto Velho e Vilhena, que registraram densa camada de poluentes, com os menores valores de visibilidade horizontal na pista dos últimos 5 anos.
Em Porto Velho, a fumaça que paira há mais de três semanas, ontem (19) atingiu o menor valor desde setembro de 2005, quando por duas semanas Rondônia ficou tomada por uma grossa camada de fuligem. O aeroporto internacional "Governador Jorge Teixeira de Oliveira" reportou das 6 às 9 horas, visibilidade de apenas 500 metros, com pico mínimo de 300 metros entre as 7 e 8 horas. Durante todo o período, o mesmo não operou com visibilidade superior a 3 mil metros complicando muito o tráfego aéreo na região.
Pela cidade, ruas inteiras desapareceram diante de tanta fumaça e no rio Madeira, a navegação ficou comprometida por conta da fumaça. Em alguns pontos sentido Manaus, não era possível enxergar nada 100 metros adiante.
Na fronteira com a Bolívia, Guajará-Mirim sentiu o agravante da fumaça. O aeroporto local reportou às 7 horas, muito fuligem na pista, com apenas 400 metros de visibilidade. Já no Cone Sul, Vilhena também registrou muita fumaça, com visibilidade mínima de 2 mil metros.
Para agravar ainda mais a situação, os ventos em altitude devem trazer toda a fumaça concentrada no leste da Bolívia -que sofre com as piores queimadas dos últimos anos - para o sul rondoniense. Por isso, especialistas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aconselham que as autoridades reconheçam Rondônia como "área de desastre ambiental" por oferecer riscos à saúde humana. O mapa de monóxido de carbono gerado pelo Inpe, destaca o Estado como a região mais poluída de toda a América do Sul nos próximos dias.
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