Curso de Agronomia do Ceulji produz girassóis experimentais
(Paulo Demétrius) O curso de Agronomia do Ceulji/Ulbra (Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná), está desenvolvendo há seis meses uma lavoura experimental de Girassol nas dependências da instituição. A produção é desenvolvida por um trabalho extraclasse com os alunos de agronomia, orientado pelo coordenador da graduação e doutor em agronomia Gibran da Silva Alves, tendo o objetivo de buscar novas alternativas para os agricultores de Rondônia.
Segundo o professor, a produção de girassóis ainda está em fase de testes, mas os bons resultados obtidos até o momento, animam alunos e professores. ?Ainda estamos analisando a adaptação da planta para o clima de Rondônia, mas os resultados estão surpreendendo?, comemorou Gibran.
Ele lembra que as condições do clima e topografia da região, ao menos na teoria, são propícias para o plantio da flor. ?Os resultados atestam que a escolha dessa cultura foi acertada?, afirmou o coordenador de agronomia.
A opção pelo girassol não atendeu apenas as exigências regionais, mas também, uma tendência do mercado na aceitação de girassóis. ?Com essa lavoura, produzem-se sementes com alto potencial de produção de óleo, que podem ser altamente rentáveis com a nova demanda do biodiesel?, explicou.
O professor diz que além de uma das sementes com maior potencial de produção de óleo ? superior inclusive ao da soja ? possui um óleo nobre, com alto teor de pureza. ?Essa semente tem um espaço muito grande pela qualidade do óleo extraído das sementes. Existem alternativas de escoamento muito próximas de Rondônia, inclusive fala-se em uma processadora de sementes em Vilhena?, comentou Gibran.
ALTERNATIVA ? Com um custo benefício tentador (entre 4 e 5 mil reais mensais por hectare plantado), a produção do girassol pode beneficiar uma grande quantidade de produtores da região, porque além de ser uma alternativa às produções já tradicionais no estado, a lavoura da flor pode ser feita em pequenos espaços, proporcionando um bom lucro em uma área de cultivo limitada.
O professor conta que após a colheita no final de setembro, serão enviadas amostras das sementes para uma unidade da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Campina Grande, onde serão verificadas a qualidade e a quantidade do óleo produzida na lavoura experimental do Ceulji/Ulbra.
Francilene de Lima Tartaglia, aluna responsável pelo projeto, disse que outras culturas deverão ser experimentadas pelos alunos do curso. ?Para o ano que vem, temos os planos de produzir mamona e amendoim com o objetivo de produção de óleo?, avisou à acadêmica.
Por fim, aluna e professor contaram que o próximo passo é aproveitar o conhecimento adquirido com os experimentos para poder repassar para agricultores da região. ?Após o término do teste, buscaremos parcerias com as autoridades agrárias para que se possa disponibilizar essa cultura para os agricultores locais?, finalizou o coordenador de agronomia.
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