MEDO DA BOMBA! Rondônia poderá ficar sem gasolina
> Condições climáticas prejudicam distribuição de combustÃveis pelos rios da região
A seca no Rio Madeira deste ano é tão intensa que está comprometendo o abastecimento de combustÃvel em Rondônia e Acre. Já falta gasolina em alguns postos de combustÃveis das capitais dos dois estados do oeste amazônico e em algumas cidades do interior. O nÃvel do rio estava em 2.70 metros na última sexta-feira (3), e de acordo com a Delegacia Fluvial até o mês de outubro a tendência é baixar ainda mais.
Em Ji-Paraná, alguns postos já se preparam para um futuro racionamento. Gerentes de postos de Ji-Paraná disseram que a distribuição não vai ser interrompida, porém, o estoque trabalhará no limite porque as balsas de travessia das carretas operam com capacidade reduzida, o que atrasa a entrega da gasolina para o estado. Pimenta do Posto, responsável por um estabelecimento em Ji-Paraná, conta que já tem postos em Ji-Paraná que tiveram a falta da gasolina, mas explica que o problema não é tão emergencial ainda. ?A gasolina chega, mas a distribuição é mais lenta. à certo que os postos com bandeira terão prioridade na distribuição de combustÃveis?, explicou.
SECA - Desde o mês de agosto o nÃvel do rio só baixou, sendo que a média para essa época do ano é de pouco mais de quatro metros. Com a baixa no rio, as balsas que trazem o combustÃvel de Manaus têm dificuldades para passar no trecho do Papagaio em Humaitá. De acordo com informações do SindPetro (Sindicato do Comércio Varejista de Revendedores de Petróleo de Rondônia), as balsas chegam a Humaitá e precisam dividir a carga para poderem navegar com mais tranquilidade, caso contrário correm o risco de encalhar. Há 15 dias os problemas se tornaram mais graves e começou um racionamento de CombustÃvel no Estado.
?Este final de semana deverá ser mais crÃtico?, disse o presidente do SindPetro de Rondônia, Valdir Miranda. à possÃvel que venha a faltar combustÃvel em muitos postos. Informações obtidas pelo sindicato através da Petrobrás dão conta que cerca de 40 balsas estão paradas em Humaitá por causa do nÃvel do rio. ?Caso o rio continue a baixar as empresas podem recorrer ao transporte por via terrestre, mas isso só acontecerá em último caso. Se for necessário trazer combustÃvel em grande quantidade de outros Estados para suprir a necessidade de Rondônia é possÃvel que os preços venham a subir. Apesar de as empresas distribuidoras afirmarem que não repassam este aumento para o consumidor.? Já com relação ao desabastecimento de álcool combustÃvel, não há perigo porque este vem por via terrestre de Mato Grosso, afirmou.
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