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Procurador diz que sindicância pede bloqueio dos bens de acusados
Atendendo a convite da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Ji-Paraná, o Procurador Geral do Município, Dr. Armando Reigota Filho, compareceu à sessão ordinária de ontem, quando prestou esclarecimentos quanto ao encerramento dos trabalhos da sindicância interna que apura desvio de recursos públicos na Prefeitura de Ji-Paraná. O Dr. Reigota Filho explicou que, tão logo foi descoberto o desvio, foi instaurada uma sindicância investigativa. ?E é importante esclarecer que já foi concluído um relatório com mais de mil páginas, o que já encaminhamos cópia ao Chefe do Executivo Municipal com as recomendações necessárias, como também ao grupo de combate ao crime organizado, com sede em Porto Velho, Ministério Público e para segunda delegacia de Polícia Civil onde corre o processo policial sobre o caso?, detalhou. Em relação à empresa que elaborou o software, o advogado explicou que foi instaurado um processo que ainda está em fase de instrução e caso seja comprovada participação da mesma, ela será responsabilizada. Quanto à folha de pagamento, o Procurador destacou que já há um novo servidor responsável e que a Prefeitura está tomando todos os cuidados para que não ocorram novos desvios. Sobre os envolvidos no caso, foi dito que a servidora Thaís, até o momento, é a única indiciada pelas autoridades competentes. ?Também foi solicitado pela sindicância a busca, apreensão e bloqueio de bens de todos os demais envolvidos, e realizado um levantamento junto a Recita Federal do patrimônio dessas pessoas?, salientou, destacando ainda que ?No caso da Thaís e do outro servidor da prefeitura envolvidos no caso, foi solicitado o bloqueio dos vencimentos e o afastamento do cargo. Ambos estão respondendo processo administrativo e estão arrolados no inquérito policial?, frisou o Dr. Armando. EXPLICAÇÕES - Vários vereadores inquiriram ao Procurador do Município, sobre o fato de que como uma folha de pagamento que era conferida por várias pessoas pode apresentar desvios, sem que ninguém percebesse? A esta questão, o Dr. Armando Reigota esclareceu dizendo que ?Você só é traído por pessoas de confiança. Ninguém poderia imaginar ou afirmar que a servidora responsável pela folha de pagamento estaria realizando um golpe desta envergadura. A Thaís, até então, era considerada uma funcionária bastante competente em suas atribuições. E como havia um sistema informatizado que fazia os cálculos da folha de pagamento não havia motivos, para se fazer uma conferência manual, na base do lápis. Mas a partir do momento que houve a desconfiança, passamos a investigar e descobrimos a complexidade do golpe que foi dado?, destacou. O Dr. Armando Reigota ainda explicou que, de acordo com as investigações, tem indicios de que o modo de operação que a Thais usava, ela operacionalizava o sistema sozinha. ?Mas para o recebimento dos valores, a servidora contou com o auxilio de outras pessoas que sacavam o dinheiro de contas diferenciadas. Quanto aos bens, até onde eu tenho conhecimento não há bens de valor em nome das pessoas acusadas. Para se ter uma ideia até o veículo que servidora usava, não estava em nome dela?, ressaltou. Sobre o montante total desviado, o Dr. Armando Reigota afirmou que ?O valor total levantado pela sindicância que examinou os dados da folha de pagamento de janeiro de 2007 a janeiro de 2010 é de R$ 1.656.401,06 (Hum milhão, seiscentos e cinquenta e seis mil, quatrocentos e um real e seis centavos). Após as indagações foram apresentados requerimentos pelos vereadores, solicitando da Prefeitura cópia do relatório final da sindicância, bem como as recomendações do relatório e ainda um requerimento convidando o delegado de polícia civil para ser ouvido pelos vereadores no plenário da Casa de Leis. ...


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