Parece que foi ontem...
Parece que foi ontem...
Sandro Paio
Apesar de hoje não estar mais à frente do CP, é impossÃvel dizer que não me emociono com a chegada deste CORREIO POPULAR DE RONDÃNIA aos 20 anos. Fruto de uma iniciativa empresarial de minha famÃlia, desde o princÃpio participei ativamente da implantação de cada etapa do ?jornalzinho? mais querido de Rondônia.
E é isso mesmo: jor-nal-zi-nho, desde o princÃpio nunca achamos que houvesse qualquer coisa de depreciativa nesta palavra, pelo contrário, sempre admitimos que pela nossa opção de lançar um formato tablóide (o que facilitaria em muito o manuseio para o leitor), mais do que uma ofensa, a palavra teria uma conotação carinhosa a nos identificar. E foi assim desde o começo, e isso não impediu que o jornalzinho (pequeno no seu formato) acabasse se transformando num dos mais importantes jornais do interior do Estado.
Hoje, quando entro na redação do CP e vejo a cara nova do pessoal que ali está trabalhando, quase todos jornalistas formados ou veteranos da imprensa ji-paranaense, sinto um misto de saudade e alegria, afinal, fui um dos que abriram caminho para essa moçada.
Para mim, ainda parece que foi ontem, já que nem mesmo o tempo consegue nos fazer esquecer das coisas boas, e a redação do CP foi uma das melhores etapas da minha vida. Maior alegria ainda tenho, quando vejo que quem comanda a redação hoje (por méritos próprios) é a minha filha Mariana. A mesma Mariana, que hoje buscando fazer o seu Curso de Mestrado, ainda me faz lembrar que, quando criança, por horas e horas me acompanhava na preparação dos textos, na elaboração do past-up, o que tenho certeza lhe contagiou a alma com paixão pelas letras.
E olha que não é a mim que ela sucede, não. Pelo contrário, muita gente boa de texto passou pela redação do CP (deixando saudades), como o Professor Carlos Reis, o baiano João Nunes, o Dr. Silas Queiroz, o historiador Jairo Ardull, o sempre desportista Chico Limeira, além de inúmeros outros que a memória já me faz falhar...
O mais gostoso, é que, quando me preparava para escrever este artigo, vendo aqueles a quem chamarei de nova geração do CP, senti um prazer especial, não só pelo ambiente gostoso, quase familiar que ainda move o CP, mas, principalmente, por ver no olhar de cada um dos que ali agora estão, a identificação com aquele mesmo ideal que ainda ?ontem? nos fez lançar o jornal: o desejo de informar a nossa comunidade das coisas que realmente a ela interessa, os fatos da nossa terra, a notÃcia do jeito que o fato aconteceu, sem opinião, sem direcionamento.
Ao olhar aqueles jovens e ver que o entusiasmo ainda arrebata o pessoal da redação em busca de uma boa pauta, confesso que me contagiei com a chegada dos 20 anos do CP, e tive a certeza de que as muitas estradas que o CP ainda irá percorrer nos próximos 20 anos, não serão tão nem tão difÃceis, nem tão problemáticas, como as que já foram trilhadas anos atrás.
Sandro Paio
Publicitário
...