Leitos são insuficientes em Ji-Paraná
(Da Redação) Dezenas de pacientes precisam ser encaminhadas toda semana para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em Ji-Paraná. FamÃlias que não dispõem de recursos para custear um tratamento particular, descobrem que esta é uma realidade comum e que conseguir um leito gratuito não é simples. Para cada 10 mil habitantes é necessário que o municÃpio ofereça de um a três leitos na UTI, conforme as normas da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira). O senso realizado em 2009 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica) apontou que Ji-Paraná possui 111.010 mil habitantes, então o municÃpio deveria dispor de 11 unidades gratuitas. Na cidade há 12 leitos com seis disponÃveis pelo SUS (Sistema Ãnico de Saude) no HCR (Hospital Cândido Rondon), ressaltando que Ji-Paraná é uma cidade pólo que atende uma região que abrange do municÃpio de Pimenta Bueno a Jaru.
Para o diretor geral do HCR, Francisco Gozzi, a situação precisa de uma solução imediata. ?Temos seis leitos de UTI que estão sempre lotados. Os outros seis são ocupados por pacientes que possuem convênios e atendimento particular. à de extrema urgência que sejam disponibilizadas mais unidades?, enfatizou.
Com um quadro preocupante de pressão alta, Eva Maria de Oliveira, 53 anos, conseguiu uma vaga na unidade. Na recepção, Lidiane de Oliveira, a caçula de nove irmãos, aguardava junto com o marido o momento de visitar a mãe. ?Tivemos sorte de encontrar um leito disponÃvel pelo SUS. Não terÃamos como arcar com o valor do tratamento?, disse.
Deumira Alves Pereira, 66 anos, após um AVC foi encaminhada ao Hospital Municipal de Ji-Paraná, onde precisou ser movida à UTI do HCR. Com as unidades pelo SUS lotadas, ela aguardou por dois dias uma vaga gratuita. A filha, Rosely Pereira, acompanhada da irmã Marly Aparecida Pereira, destacou a dificuldade em conseguir o atendimento pago. ?Minha mãe é aposentada e trabalha apenas no sÃtio, hoje é o oitavo dia que ela está na UTI. Ela não conseguiria pagar. Mesmo com o apoio do hospital, fica caro para ela?.
Para auxiliar famÃlias como estas, o HCR, segundo Francisco Gozzi, oferece facilidades no pagamento. ?Sabemos das adversidades que enfrentam. O correto seria ter um amparo gratuito, e já que a saúde não pode esperar tentamos dar todo tipo de apoio para que os pacientes tenham o melhor tratamento?, explica.
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