Confira a situação das estradas e corredores rodoviários pelo país
* Da Globo.com
A Região Norte, com 16.715 km de rodovias - o que corresponde a apenas 9% das rodovias federais e estaduais pavimentadas do país, foi considerada a região com o maior percentual de trechos classificados como ?regulares?, ?ruins? ou ?péssimos? (84,1%). Só entre as classificadas como "péssimas" estão 22% das rodovias da região - também o maior percentual entre as grandes regiões. O dado faz parte da Pesquisa CNT de Rodovias 2010, que avaliou 100% da malha rodoviária federal pavimentada e os principais trechos sob gestão estadual e sob concessão.
Segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), este é o diagnóstico mais atualizado sobre as condições de trafegabilidade da malha rodoviária do país. O estudo é feito pela CNT, em parceria com o Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).
Em todo o país, foram avaliados 90.945 km de estradas, entre rodovias federais e estaduais em todo o país. A extensão pesquisada na Região Norte foi de 9.301 km, entre os quais apenas 1.479 km foram considerados ?ótimos? ou ?bons?.
No Norte, os estados de Roraima e Amazonas apresentaram os mais altos índices de estradas consideradas ?ruins" ou "péssimas?, com 85,6% e 77,1%, respectivamente. As rodovias federais em destaque como as que estão em pior situação, segundo estudo da CNT, são a BR-174, que liga Manaus a Roraima; a BR-210, em Roraima; e BR-153, BR-163 e BR-222 , no Pará. Já entre as rodovias estaduais, a PA-287 tem condições bastante precárias, de acordo com o levantamento.
Para avaliar as estradas pelo país a CNT avaliou aspectos como geometria da via, pavimentação e sinalização. O resultado da avaliação do estado geral dos trechos rodoviários é formado pela média das notas recebidas nas avaliações das três características.
Dos 90.945 km pesquisados em 2010, 76.393 km (84,0%) são de trechos sob gestão pública, enquanto os demais 14.552 km (16,0%) são concedidos. Considerando o total de rodovias avaliadas no país, 14,7% foram classificadas como "ótimas"; 26,5%, como "boas"; 33,4%, como "regulares"; e 8%, como "péssimas". No geral, em estados em que não há grandes proporções de estradas consideradas ?péssimas?, as piores condições estão nas estradas estaduais.
Ainda de acordo com o levantamento da CNT, a Região Sul apresenta a maior parcela das rodovias classificadas como "ótimas" ou boas (59,1%), e o menor percentual de trechos considerados "ruins" ou "péssimos" (14,4%). Quase 27% das rodovias avaliadas na região foram classificadas como "regulares".
O melhor estado na Região Sul é o Rio Grande do Sul, com 38,2% das estradas classificadas como "boas" e 28,6% como "ótimas". Apenas 1,3% foram consideradas péssimas.
Outras regiões
Boas avaliações também foram registradas em São Paulo. De acordo com a Pesquisa CNT, no estado, 61,7% das estradas avaliadas foram classificadas como "ótimas" e 19,5% como "boas". Segundo a Confederação, isso ocorre devido à presença maciça de rodovias concedidas à iniciativa privada - 73,1% da malha pesquisada.
Ainda no Sudeste, boas condições foram registradas no Rio de Janeiro, com 61,7% das estradas consideradas "boas" ou "ótimas". A Região Sudeste tem a segunda maior parcela de trechos classificados como ?ótimos? ou ?bons?, com 50,7%. Foram considerados "regulares" 31,1% dos trechos pesquisados na região. Já "ruins" ou "péssimos" foram 18,2%.
Apesar de apresentarem as melhores condições entre as estradas avaliadas, as Regiões Sul e Sudeste concentravam 65,3% dos acidentes, em 2009. Segundo o estudo, isso ocorre porque mais 70% da frota nacional de veículos estão nas duas regiões.
No Nordeste, foram pesquisados 25.644 km em 2010, entre os quais 8.898 km (34,7%) foram considerados como ?ótimos? ou ?bons?; 9.652 km (37,6%) como ?regulares? e 7.094 km (27,7%) como ?ruins? ou ?péssimos?.
Mesmo sem apresentar altos índices de estradas em ?péssimas condições?, no Maranhão, Piauí e no Ceará as piores situações foram registradas em estradas estaduais. Em menor escala, o mesmo foi observado no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em Pernambuco e em Sergipe.
No Centro-Oeste, do total de 13.668 km avaliados, 929 foram considerados ótimos (6,8%); 3.350 foram classificados como "bons" (24,5%); 5.487, "regulares" (40,1%); 15.858, "ruins" (21,4%); e 7.291 km foram considerados "péssimos" (7,2%).
Corredores rodoviários
Além das estradas, o estudo avalia as condições de corredores rodoviários, importantes para escoar as produções industrial e agropecuária do país. Os corredores são eixos, ou conjuntos de vias, que permitem a circulação de pessoas e produtos entre dois pólos ou áreas em que são previstos grandes fluxos de tráfego....