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Dilma e Serra ignoram aborto e religião no segundo debate
Os candidatos à Presidência, Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB, ignoraram no último domingo (17), os polêmicos assuntos do aborto e da religião e preferiram discutir, no segundo debate pela televisão para o segundo turno, assuntos como privatizações e educação. Aborto e religião, temas que nos últimos dias foram o centro de uma troca de acusações por parte dos candidatos, não foram abordados no debate promovido pela "RedeTV" e pela "Folha de São Paulo". As campanhas de Dilma e Serra tinham travado uma forte discussão para conquistar o voto de católicos e evangélicos, em uma disputa que tomou força na última semana. Serra tinha dito que Dilma, como ministra da Casa Civil, defendeu em 2007 a legalização do aborto e a esposa dele, a chilena Mónica Allende, disse que a candidata ia "matar criancinhas", afirmações que segundo analistas contribuíram para que a candidata não vencesse no dia 3 de outubro no primeiro turno. Outro assunto que também quase não surgiu no debate foi o meio ambiente e a preservação dos recursos naturais, abordado rapidamente por Dilma. "Um país que respeita a biodiversidade e o meio ambiente tem que lutar pelo compromisso adquirido em Copenhague, durante a Cúpula Mundial sobre a Mudança Climática realizada o ano passado na capital dinamarquesa", disse Dilma. A omissão da problemática ambiental coincide com a "independência" declarada hoje oficialmente pelo PV em relação ao segundo turno. O apoio desta terceira força eleitoral do país era esperado pelas campanhas de Dilma e Serra. DEBATE QUENTE - Com o aborto e a religião de lado, problemas como privatizações, segurança nacional, educação e saúde centraram o debate conduzido pelo jornalista Kennedy Alencar e no qual Serra e Dilma foram postos literalmente tête-à-tête. O social-democrata criticou Dilma pela falta no atual Governo da utilização do Fundo do Amparo do Trabalhador para cursos de formação profissional, enquanto a candidata governista se comprometeu com a criação de mais escolas técnicas. No assunto das privatizações, Dilma criticou Serra por querer privatizar a Petrobras e o gigantesco campo de reservas petrolíferas do pré-sal. "Quando tive uma subida nas pesquisas esta semana as ações da Petrobras subiram, então por que ia querer privatizar a Petrobras?", questionou Serra, que também criticou as atuais políticas de combate ao tráfico de drogas. Quanto à corrupção, Dilma e Serra se defenderam dos escândalos que envolvem pessoas próximas a suas campanhas. A ex-ministra expressou sua "indignação" com o tráfico de influência que recaiu sobre sua sucessora, Erenice Guerra, que deixou o principal cargo do gabinete do Governo acusada de beneficiar seus filhos com contratos em empresas estatais. "Nós averiguamos. A Erenice saiu do Governo. Isso significa que nós apuramos o que acontece", comentou. A candidata do PT obteve no primeiro turno 46,9% dos votos válidos no primeiro turno, seguido por Serra, com 32,6%. EFE...


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