Golpe da lista telefônica já dá prejuízos em RO
(Da Redação) O ?Golpe da Lista Telefônica?, estratégia usada por algumas quadrilhas da região Sudeste para extorquir dinheiro de empresas e profissionais liberais já chegou no Estado de Rondônia. O alerta partiu das autoridades que já registraram várias denuncias sobre o golpe nos municípios de Ji-Paraná, Cacoal, Ouro Preto do Oeste, Ariquemes e Porto Velho. Centenas de empresas já caíram no mesmo golpe nos últimos anos em todo o País.
Na manhã de ontem (10), uma empresa de Ji-Paraná recebeu uma ligação de uma pessoa de São Paulo, se apresentando como funcionária da L.S. Publicações, onde a atendente anunciou que não se tratava de uma venda, mas apenas de uma confirmação de endereço e dados cadastrais para a remessa de uma suposta lista telefônica.
A funcionária da L.S. Publicações, para ganhar a confiança da vítima, também relatou que o catálogo de telefones seria entregue gratuitamente, pois os valores já foram pagos automaticamente nas contas telefônicas anteriores que a empresa pagou. A jovem ainda pediu para a pessoa que atendeu a ligação para que ela recebesse um fax, que foi prontamente recebido junto com um pedido para que o ?protocolo? fosse assinado e devolvido.
Com a chegada do documento pelo fax, constatou-se que o 'procedimento protocolar', na verdade, era um contrato de figuração, que na verdade acordava um anúncio oferecido por uma empresa paulistana em um site de telefones sem maiores informações sobre contatos, endereço ou procedência da empresa.
Depois de perceber a estranheza do fato, a referida empresa entrou em contato com o Correio Popular após ter dito a atendente que se tratava de um golpe. Obtendo ainda como resposta, uma grosseria do outro lado da linha.
A redação do CP buscou mais informações com autoridades e constatou casos recentes por todo o Brasil, ficando claro que o caso era tipo de golpe muito praticado através do envio de contratos quentes assinados por influência de uma história mentirosa.
O GOLPE ? Depois de assinado o contrato a empresa recebe uma conta, via boleto bancário com 12 prestações de R$ 300,00.
A empresa é praticamente obrigada a cumprir o contrato porque assinou o fax. A outra opção seria ou rompê-lo, porém, para se livrar da dívida de R$ 3,6 mil, a empresa ainda terá que desembolsar, no mínimo de 40%, algo em torno de R$ 1,5, fora os aborrecimentos.
Samanta Barreto, atendente do Procon (Proteção do Consumidor) em Ji-Paraná, disse que recentemente houve duas denúncias contra esse golpe na cidade e que o órgão já moveu ações contra esse tipo de contrato. Ela também orienta as pessoas que tenham muito cuidado na hora de assinar contratos. ?A população deve ficar atenta porque nesse golpe, as empresas oferecem um serviço e acabam cobrando por outra mais caro. Depois de assinado, só a justiça para desfazer o contrato?, finalizou.
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