Cabo da Polícia Militar é executado em Ji-Paraná
(Da Redação) O cabo da Policial Militar, Eduardo Emídio de Souza, conhecido pelo nome de guerra por cabo Souza, foi morto a tiros por um amigo enquanto bebiam em uma lanchonete na rua T-17, entre Curitiba e Maringá. O crime aconteceu na madrugada do último sábado, por volta das 4 horas do último sábado (27). O assassino, identificado como Alexandre Serafin, 36 anos, é professor universitário e amigo do policial. A arma do crime, um revólver calibre 22, foi encontrado, por volta das 05h20, escondido entre as plantas do canteiro central, na Avenida Maringá, entre T-18 e T-17.
De acordo com cinco testemunhas, o policial militar estava em uma mesa com dois amigos e num determinado momento, o professor levantou-se da cadeira, foi até as costas do PM, sacou um revólver e sem falar nada, atirou uma vez contra a cabeça do policial. Logo em seguida, fugiu do local, tomando rumo ignorado.
A guarnição composta pelos policiais Alex, Freitas e Silva, juntamente com a guarnição do sargento Barros e policiais Rudghelo e Maico, rapidamente se deslocaram ao local. Após colherem as características do suspeito, passaram a diligenciar as imediações. Policiais do Serviço Reservado também estiveram no local.
Ao patrulhar a Avenida Brasil, entre T-19 e T-20, o policial Alex avistou o suspeito, Alexandre Serafin, tentando se esconder da viatura. Neste momento, foi abordado e conduzido até ao local do crime para reconhecimento. Na abordagem não foi encontrado a arma, mas sua camisa estava completamente suja de sangue e foi verificado um corte profundo na orelha que, segundo ele, era proveniente de uma briga ocorrida no começo da noite.
Todas as testemunhas afirmaram veemência que o suspeito era o assassino, porém, o mesmo negava todas as acusações.
Após uma longa investigação que varou a madruga, os policiais conseguiram a informação de onde possivelmente a arma estaria escondida. As guarnições de serviço, juntamente com o Serviço Reservado do 2º BPM, foram até ao local e conseguiram localizar o revólver.
Os policiais constataram que o revólver calibre 22, estava municiado com sete munições, sendo que duas estavam deflagradas.
No amanhecer do dia, o suspeito Alexandre Serafin, que negava ser o autor dos disparos começou a confessar o crime, porém não revelou o motivo. A polícia está trabalhando no caso para descobrir o que levou Alexandre ter assassinado friamente um velho amigo.
ENTERRO - Ao som de muitos aplausos o cabo da Polícia Militar, Eduardo Emídio de Souza, foi sepultado no último domingo (28), no cemitério da Saudade, em Ji-Paraná. Cabo Souza era Policial Militar há mais de 20 anos e atualmente servia na 2ª Cia do 2º BPM, onde atuava administrativamente. Familiares e colegas militares estiveram presentes e prestaram a última homenagem. "Ele era um garoto de ouro, muito familiar e muito querido. A Família está arrasada", desabafou o sobrinho do policial.
"Estamos muito chocados. Perdemos mais um bravo policial. Apesar disso, a resposta da Polícia Militar foi dada como nós estamos acostumados, com tranquilidade e inteligência. Não pode ser nada com gosto de sangue", garantiu um policial.
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