PF deflagra Operação cinco estrelas em Rondônia
(Da Redação) A PF (Polícia Federal, deflagrou ontem (2), a operação ?Cinco Estrelas?, nos estados de Rondônia, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Goiás. O objetivo dos mais de 150 policiais mobilizados era o cumprimento, de maneira simultânea, de 118 mandados judiciais. Foram 11 de prisões preventivas, sete de prisões temporárias, 24 de busca e apreensão e 76 de medidas de sequestro de bens móveis e imóveis, nos referidos estados.
A investigação teve início há um ano e desvendou uma quadrilha para o tráfico internacional de drogas ilícitas e associação para o tráfico que atua nos Estados do Tocantins, Goiás, Rondônia e Mato Grosso e Pará. O bando ainda atuava em solo do Estado Plurinacional da Bolívia, país fronteiriço ao território nacional e grande produtor e exportador de cocaína.
Segundo se pode apurar, as pessoas investigadas formaram um grupo organizado por funções. Alguns atuavam diretamente, outros apenas como colaboradores para a associação criminosa. Com as divisões de tarefas e auferimento dos lucros advindos da atividade ilícita, os investigados efetivaram, por diversas vezes, a travessia de cocaína de território estrangeiro para solo pátrio. No Brasil, a substância ilícita era armazenada, preparada e comercializada em quantidades menores aos consumidores finais.
A organização criminosa possuía dois núcleos interligados, um deles sediado no Tocantins e o outro em Goiás e Rondônia. Os demais integrantes eram pessoas ligadas aos núcleos, restando demonstrada sua participação nas condutas criminosas. Eles faziam negociação direta do produto ilícito, cobrança de dívidas e auxílio na concretização dos crimes cometidos.
O grupo de Tocantins se organizou de maneira a determinar um articulador, um transportador e um financiador das atividades ilícitas. O articulador era responsável por fornecer uma espécie de logística e contatos pessoais para o tráfico internacional. Ele planejava e preparava o transporte de grandes quantidades de drogas para este Estado, mediante o devido apoio financeiro e mão de obra para execução do transporte por outros dois criminosos.
O segundo bando, com base em Goiás e Rondônia, foi responsável pelo fornecimento da substância ilícita a traficantes nacionais. Os integrantes agem como intermediários para o abastecimento de drogas para o grupo do Tocantins. Eles mantêm contato direto com fornecedores estrangeiros, principalmente na Bolívia, onde se extrai a cocaína.
PÓLO DE DISTRIBUIÇÃO - A droga era introduzida pela divisa da Bolívia com Rondônia e remetida à cidade de Goiânia/GO, que serve de grande pólo de distribuição de drogas psicotrópicas a outras localidades do país. Um dos sócios do negócio ilícito servia como recebedor e vendedor da droga importada do país vizinho, mantendo o controle do estoque e contabilidade do bando. Outros traficantes arquitetavam o transporte da substância ilícita importada para as localidades onde estavam sediados os compradores da droga, recebendo como pagamento, parte do lucro obtido com a importação realizada.
A investigação teve início com o bando estabelecido em Tocantins que por diversas vezes realizou contatos, encomendou e adquiriu drogas ilícitas do grupo de Goiânia e Rondônia. Inclusive os 350 quilos de cocaína apreendidos pela Polícia Federal em Tocantins no ano de 2009. A partir daí, foi possível identificar os demais autores do tráfico internacional de drogas e a forma como arquitetavam os crimes.
Às 16h, os Delegados de Polícia Federal, Erico Barboza Alves e Honazi de Paula Farias e representantes do Ministério Público Federal participarão de uma entrevista coletiva na sede da PF.
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