ENCHENTES: começam trabalhos de prevenção contra alagamentos
> O nível do rio é acompanhado diariamente e serve como alerta para a cheia do Rio Machado
(Paulo Demétrius) Todos os anos, a guarnição do Corpo de Bombeiros, a Semas (Secretaria Municipal de Ação Social) e a Defesa Civil já preparam planos específicos para o verão e a temporada de chuvas e alagamentos. O problema, graças às chuvas intensas dos anos anteriores, se tornou uma pauta recorrente nas reuniões do Comdec (Conselho Municipal de Defesa Civil), no qual as principais metas são a realização de estudos de prevenção, proteção, resposta e recuperação frente a catástrofes causadas em decorrência das enchentes que quase todos os anos assolam a população, com a realização de pesquisas para delimitar as zonas de risco para a população em caso de cheias dos rios e córregos que banham Ji-Paraná.
O comandante da guarnição do Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná, sargento L. Ricardo, falou ao durante entrevista ao CP que existe um acompanhamento mais apurado na subida do nível do Rio Machado nesse período do ano. ?Tem um morador da beira do rio que acompanha o nível das águas e anota todos os números. Acompanhamos essa medição diariamente na temporada das chuvas?, contou. Esses dados servem como base para as ações de prevenção de maiores estragos para a população. ?Trabalhamos em parceria na retirada das famílias e também na acomodação nos alojamentos destinados para essa população?, lembrou o Sargento.
Ainda segundo L. Ricardo, o que se observou é que os meses de janeiro costumam ser os mais chuvosos do verão. ?As chuvas começam mesmo só em dezembro, mas é em janeiro que geralmente os efeitos de alagamentos e os transtornos acontecem, mas é muito relativo. Em alguns anos, esse período mais agudo é mais cedo, outro mais tarde...em outros anos, nem alagamentos ocorrem?, analisou.
MEDIÇÃO ? O responsável pelas medições diárias é Lucenir Fausane de Jesus, morador de uma região próxima ao rio Machado e realiza as anotações para uma empresa da capital. No entanto, Lucenir também fornece as informações para os bombeiros. O medidor conta que o alerta é dado quando o nível apontado pela régua chega nos 10,2 metros. ?A partir deste número, já se pode considerar preocupante?, avisou.
Há sete anos responsável pela medição do Rio, Lucenir conta que desde que começou este trabalho, as maiores marcas foram registradas nos últimos dois anos. ?Ano passado foi à cheia mais alta que acompanhei, quando chegou a 11,4 metros de altura?, lembrou o medidor do rio Machado.
Mesmo com os 6,94 metros medidos ontem (17), o responsável pela medição disse que nesta época requer atenção, porque não é necessário uma chuva na cidade para que a água suba, a grande preocupação é com as chuvas na cabeceira do rio. ?Esse nível sobe muito rápido se caso houver chuvas fortes rio acima. Nos anos de grandes cheias, nessa época do ano as medições eram bem parecidas com as feitas recentemente?, finalizou Lucenir de Jesus.
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