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Lava-Jatos de Ouro Preto terão que se adequar
A Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de Ouro Preto (Sematur) vai fiscalizar com rigor os Lava-jatos de Ouro Preto. O objetivo é garantir que água utilizada na lavagem dos veículos seja ?tratada? antes de retornar aos igarapés. Segundo Ana Martinha, secretária municipal do meio ambiente, todos os lavadores já foram notificados e o prazo para adequação já expirou. As caixas de concreto para o tratamento da água necessitam de constante manutenção, com isto em alguns estabelecimentos o sistema está em desuso: ?Alguns lavadores já têm o sistema construído, porém, o único que está usando, pelo que sei, é o Lava-jato Vitória. A partir de agora vamos ser rigorosos com os demais lava-jatos?, prometeu Martinha. Localizado na avenida Jorge Teixeira, popularmente conhecida como rua dos ônibus, o Lava-Jato Vitória tornou-se um modelo para os demais da cidade. O proprietário do estabelecimento acredita que o dinheiro investido na adequação das normais ambientais foi bem aplicado: ?O meu lavador tem um movimento fraco em vista dos outros. Mas este investimento valeu a pena, pois, com isto eu posso ganhar o meu sustento sem prejudicar o meio ambiente?, comemorou José Carlos da Silva. FUNCIONAMENTO - O sistema é bem simples. Trata-se de três caixas concretadas que fazem o trabalho de absorção dos resíduos sólidos e químicos antes que a água retorne ao igarapé. A primeira caixa possui o fundo também de concreto, e nela ficam retidos os resíduos sólidos. Dali a água passa para a caixa seguinte, cheia de brita, que absorve os produtos químicos e as sujeiras leves. Depois desta etapa a água passa para a terceira caixa, onde a areia grossa retém todo o óleo que por ventura ainda esteja na água. Desta forma a água está pronta para ser devolvida ao igarapé sem causar danos à vida dos peixes ou perigo à saúde dos moradores ribeirinhos. José Carlos da Silva, proprietário do lava-jato, afirmou que apesar de sua renda não ultrapassar 1.500 reais por mês, ele investiu cerca de 1.600 reais na construção das caixas em período de 90 dias. Os resultados deixaram o proprietário animado: ?Pretendo agora concluir uma nova rampa, e bloquetear o pátio para melhor atender meus clientes preservando a natureza?, planejou. E os clientes também se dizem satisfeitos com as adequações, como é o caso de Gilson José de Oliveira: ?Foi uma ótima coisa que ele fez. Eu espero que agora esta mesma lei seja aplicada nos demais lavadores do município para preservação dos igarapés. A lei tem que ser igual para todos?, exigiu o cliente. ...