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Ji-Paraná tem a água mais cara do Brasil

Data da notícia: 15/09/2011
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Com a tarifa mais cara do Brasil, números comprovados através do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) foi seriamente questionada na tarde na tarde da última terça-feira por vários deputados estaduais.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20110915a.jpg[/IMG]O Poder Legislativo estuda criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a aplicação dos recursos arrecadados em cidades como Ji-Paraná, cuja população paga R$ 900 mil, mas não vê um único centavo aplicado na melhoria do sistema de captação e distribuição.
Em discurso, o deputado estadual Jesualdo Pires (PSB) apresentou planilhas do relatório da instituição ligada ao Ministério das Cidades, comprovando que a Caerd pratica a tarifa mais cara do Brasil. ?O valor cobrado pela Caerd é muito acima de cidades na Bahia e Ceará, onde há dificuldades em determinadas épocas do ano por causa da estiagem?, afirmou Jesualdo.
Após as explanações de Jesualdo, uma CPI foi defendida pelos deputados Neodi Carlos Oliveira (PSDC-Machadinho), Marcelino Tenorio (PRP-Ouro Preto), Euclides Maciel (PSDB) e Jesualdo Pires (PSB).
Ainda segundo o parlamentar socialista, a Caerd gasta pouco mais de R$ 300 mil para atender todos os domicílios da cidade de Ji-Paraná e o restante das verbas (R$ 600 mil) são transferidos para a Capital, onde há um déficit muito grande. ?Em Rondônia onde há uma abundância de rios, a conta é uma das mais altas?, reclamou o deputado Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná), relatando alguns ?abusos? por parte da diretoria da Caerd.

[B]COMPARAÇÃO[/B] - Os estudos apontam que a Caerd cobra para produzir até 20 mil metros cúbicos de água cerca de R$ 3,00 enquanto estados vizinhos como o Acre a tarifa chega a R$ 1,42. Em Roraima não passa de R$ 2,02 e no Pará R$ 1,38. A situação fica irônica quando se compara com cidades dentro do Estado de Rondônia. Em Cacoal, onde os serviços são municipalizados, a SAEE cobra R$ 1,33 bem abaixo dos R$ 3,00 da Caerd. Em Alvorada, também municipalizada, chega a R$ 1,38 e Vilhena, onde a Caerd não tem detém os serviços, não passam de R$ 1,00 e é uma das tarifas mais baratas do Estado.
?É vergonhoso e lamentável. Na verdade é uma denúncia. Sugiro ao presidente a implantação de uma CPI. Água mais cara do Brasil na produção?, explicou o deputado Neodi, lembrando que há uma ?guerra? nos bastidores envolvendo a diretoria da Caerd e as prefeituras pela concessão dos serviços de água e esgoto.
Jesualdo Pires, em seu pronunciamento, denunciou a pressão do Governo junto as prefeituras para renovar a concessão para a Caerd por mais 30 anos. Jaru e Ouro Preto cederam. Em Ouro Preto, o caso é atípico. O prefeito Alex Testoni (PTN) renovou a concessão mas ao preço 150% mais caro do que se fizesse a municipalização. ?Está na hora de tomar providências. O governo não pode ficar mais pressionando os municípios, coagindo os prefeitos e vereadores para que possa prorrogar a concessão. O que está se fazendo hoje é um crime. Temos que reagir?, finalizou o deputado Jesualdo Pires.

[B]Mais um dia, população do segundo distrito fica sem água[/B]

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20110915d1.jpg[/IMG](Josias Brito) Mais de 50 mil moradores do Segundo Distrito de Ji-Paraná ficaram sem água ontem (14). O motivo da suspensão do fornecimento se deve às obras de reparo no cano, que estourou na avenida Brasil e estava vazando água. Essa não é a primeira vez que os moradores ficam sem o abastecimento de água. E os mais prejudicados são os que moram nas regiões mais altas da cidade. A Caerd (Companhia de Água e Esgoto de Rondônia) admitiu o problema e explicou que ele foi causado pelos vazamento que ocorrem nas tubulações. O problema de falta de água no Segundo Distrito vem se arrastando há muitos anos. Toda semana, há problemas de vazamentos. Alguns moradores afirmaram a reportagem do CP que estão comprando água mineral até para lavar roupa e lavar louça. No local onde o cano estourou, milhões de litros de água tratada foram desperdiçados.
"A falta de água é um problema constante em Ji-Paraná", reclamou o técnico de informática Hesley Alcantra da Silva. De acordo com o morador, nos últimos dias o problema da escassez de água se agravou e os transtornos são muitos. "Em casa, a gente tem que compra garrafões de água mineral todos os dias - às vezes até para lavar a louça e a roupa. Fazer isto, afeta o orçamento da família", disse.
O técnico de informática disse que os moradores que não têm condições de comprar água mineral batem na porta de vizinhos que têm poço para encher baldes e latas. A equipe de reportagem do CP manteve contato com técnicos da Caerd, que informou que houve um vazamento na tubulação no bairro Nova Brasília e por isso foi necessário a suspensão do fornecimento de água para população do Segundo Distrito, para que o problema fosse resolvido. O funcionário da empresa garantiu que no final da tarde de ontem, o fornecimento de água estaria normalizado.





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