Bancários de Rondônia se preparam para greve
Os bancários de Rondônia decidiram este final de semana, em Assembléia Geral realizada na sede do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO), que vão entrar em greve geral, por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira (27).
A aceitação foi de 98% dos bancários presentes e acompanha as assembléias gerais que foram realizadas nesta quinta-feira (22) nos sindicatos de todo o país, seguindo a orientação do Comando Geral dos Bancários - representados pela Contraf/CUT ? que, após inúmeras rodadas de negociação com os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), não viram outra alternativa para conseguir suas reivindicações por melhores condições de trabalho, qualidade de vida, valorização e respeito ao trabalhador bancário.
?Parece um filme que se repete todos os anos. Novamente estamos aqui discutindo a nossa Campanha Salarial enquanto que os banqueiros lucram como nunca e se negam a valorizar os trabalhadores, legítimos responsáveis por esses sucessivos lucros estratosféricos das instituições bancárias?, disse o presidente do SEEB/RO, José Pinheiro.
Para o presidente da CUT/RO e ex-presidente do SEEB/RO, Cleiton dos Santos Silva, os trabalhadores estão convencidos da necessidade desta mobilização. ?A CUT prega o trabalho decente e isso se faz através da segurança mental e física do trabalhador, além do fim da discriminação do funcionário. No entanto, os funcionários continuam sofrendo, adoecendo, e os bancos não estão interessados na saúde do trabalhador?, mencionou Cleiton, que acrescentou o fato de na atualidade existirem bancários recebendo pouco mais de dois salários mínimos nos vencimentos mensais.
?Digam sim á greve por tempo indeterminado para que, somente assim, os banqueiros possam respeitar os trabalhadores?, enaltece. A diretora financeira do SEEB/RO, Maria do Socorro, destaca que os trabalhadores do Banco da Amazônia são os que mais sofrem no ramo bancário, com os vencimentos menores e que, por isso mesmo, devem se unir à mobilização e participar da greve. ?Não há outra opção a não ser nos unir e enfrentar os patrões?, avalia Socorro.
...