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Bancos confirmam greve

Data da notícia: 27/09/2011
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(Josias Brito) Atendendo a normativa nacional dos bancários de Ji-Paraná, ao contrário das agências dos Correios do município que não aderiram a paralisação, bancos entram em greve a partir de hoje (27) por tempo indeterminado. Os bancários entram em greve após rejeitarem proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para tentar um acordo nas negociações salariais da categoria, realizada na última sexta-feira (25). Os trabalhadores do setor reivindicam reajuste salarial de 12,8% (7,8%, de reposição da inflação do período e 5% de aumento real). A Fenaban oferece 8% (0,34% de aumento real). O piso salarial hoje é de R$ 1.140,13. Se atendida a reivindicação, iria para R$ 2.297,51 para função de escriturário. Na proposta da Fenaban, esse piso ficaria em R$ 1.229,06.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20110927d.jpg[/IMG]Os funcionários de banco reivindicam também PLR (Participação de Lucros Reais) de três salários e mais R$ 4,5 mil reais, elevação do piso salarial, aumento do vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá para o valor de um salário mínimo, auxílio-educação e previdência complementar para todos os bancários, combate às metas abusivas, fim do assédio moral, plano de carreiras cargos e salários em todos os bancos, proteção ao emprego, segurança contra assaltos e mais contratações. Novas assembleias realizadas ontem (26) e hoje (27), deverão mudar o rumo da paralisação e ate adiar para amanhã (28) o inicio da greve.
Para o autônomo José Carlos de Almeida, que foi surpreendido pela noticia ao chegar em uma das agências bancárias no centro da cidade, o movimento de greve não poderia prejudicar a população. "Muitas pessoas não ficaram sabendo da greve e acabarão indo ao banco. Que eles façam a mobilização para lutar pelos seus direitos, mas que também olhem pelo povo", reclama.
O Gerente Geral da Caixa Econômica Federal em Ji-Paraná, Graciano Ugolini disse em entrevista a reportagem do CP que houve uma proposta da Fenaban e, o comando da categoria não aceitou mas, já é um inicio de negociação, como não tinha no passado. ?Acreditamos que esta manifestação possa fortalecer o movimento e os bancos se prontificarem a tomarem uma decisão favorável além de outras propostas que irão beneficiar a categoria. Esperamos que está paralisação não se alastre por muito tempo?, enfatizou.
Segundo Graciano Ugolini, a população pode ficar tranquila, pois os atendimentos da parte eletrônica da Caixa Econômica Federal serão mantidos, além das lotéricas que estarão abertas para atender a comunidade. O gerente destacou ainda que os atendimentos essenciais que não poderão ser adiados, também serão mantidos em funcionamento pelo banco. ?Pedimos apoio a população, pois é importante que a comunidade entenda o real motivo da greve, pois é um movimento da categoria e ela deve ser respeitada. É o momento de brigar e exigir nossos direitos, pois mesmo sendo gerente, também sou bancário e filiado a federação e ao sindicato estadual e como funcionário, temos deveres e direitos?, concluiu.


[B]População teme grandes prejuízos com a paralisação[/B]
(Josias Brito) Com a greve dos bancários, o que é para ser uma simples operação bancária acaba se tornando uma irritação. ?Agora vou ficar sem dinheiro até sabe lá quando?, desabafa a vendedora Maria do Socorro Lima, que disse já ter tido problema nas greves anteriores. Clientes impedidos de trocar cheques, depósitos e outras operações envolvendo tributos como FGTS interrompidas. Tudo ficará parado com a greve dos bancários.
Segundo a vendedora, são inúmeros os procedimentos que dependem do serviço de um funcionário do banco e quanto maior tempo de paralisação mais prejudicados são os clientes. ?O setor bancário não poderia funcionar de uma maneira mecânica. Trocar cheque ou retirar dinheiro de fundo de garantia são procedimentos que não podem ser feitos eletronicamente?, exemplifica.
Paralisação dos serviços bancários também atinge as imobiliárias. Conforme empresários do ramo imobiliários de Ji-Paraná, 60% dos serviços oferecidos tem relação a procedimentos bancários, principalmente financiamentos.
Com a paralisação, nenhum dos três financiamentos que estavam sendo feitos puderão serem concluídos. Se o prazo vencer, custos adicionais terão que ser pagos pela própria imobiliária. ?É uma situação desagradável, custos adicionais, demora para concluir o financiamento. Acabamos sendo prejudicados?, diz.

[B]O que fazer durante a greve bancária[/B]
Caso a paralisação de fato aconteça, o consumidor ainda terá à sua disposição os canais de atendimento remoto, composto por postos de atendimento e pela rede de correspondentes como casas lotéricas, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
Além disso, as contas que estiverem dentro do prazo de vencimento podem ser pagas por meio das centrais telefônicas dos bancos.
Os clientes podem contar, ainda, com os serviços de débito automático oferecidos pelas concessionárias em parceria com a Febraban, para pagamento de contas de consumo (água, luz e telefone, por exemplo), além de realizar transações por meio do internet banking, telefone e mobile banking (operações por meio do telefone celular).
Todos os canais citados devem funcionar normalmente, assim como os serviços de compensação de cheques, transferência de recursos via DOC (Documento de Ordem de Crédito) ou TED (Transferência Eletrônica Disponível), bem como o recolhimento de depósitos e pagamentos nos caixas eletrônicos e o abastecimento de numerário desses equipamentos.



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