Casa Civil acompanha mais um marco na obra
Data da notÃcia: 30/09/2011
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O governo do Estado de Rondônia, representado pelo secretário chefe da Casa Civil, Ricardo de Sá Vieira, acompanhou na manhã da última quarta-feira (28) o ato que marcou o início do desvio do rio Madeira na usina hidrelétrica de Jirau, que permitirá que a água passe pelos vãos rebaixados do vertedouro, estrutura que regulará o nível do reservatório quando a usina estiver funcionando.
Ricardo de Sá Vieira destacou a agilidade da empresa Energia Sustentável do Brasil quanto ao andamento das obras e enfatizou que o governo federal, através do PAC, contribui com o crescimento do estado. ?Rondônia deixou de ser um estado com pouca expressividade para ser o protagonista do crescimento econômico e do desenvolvimento social do país. Com os empreendimentos do Rio Madeira, o estado irá exportar energia limpa para grande parte do Brasil?.
De acordo com os organizadores do evento, esse é o segundo desvio do rio. O primeiro foi em abril de 2009, quando foram construídas ensecadeiras (barragens provisórias) que restringiram o fluxo do Rio Madeira totalmente ao canal localizado à esquerda da Ilha do Padre, para permitir a construção do vertedouro no leito original. Agora, para realizar o segundo desvio, são removidas as ensecadeiras que protegem o vertedouro, permitindo o início da passagem de água por seus vãos.
Segundo o diretor-presidente da Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos, o desvio é um marco na construção de uma hidrelétrica e está sendo feita no prazo previsto, 27 meses após a emissão da licença de instalação definitiva (LI).
Com o rio Madeira desviado, o próximo passo será a construção da barragem principal no leito original do rio. Enquanto isso, a concretagem e a montagem dos componentes elétricos e mecânicos continuam a ser executados em áreas protegidas das cheias. O enchimento dos reservatórios se iniciará em meados de 2012, após a conclusão das obras civis e a montagem das unidades geradoras da casa de força 2 . Neste momento, 15 mil operários trabalham nos canteiros da Usina Hidrelétrica de Jirau e a previsão é de que a primeira máquina entre em operação no 2º semestre de 2012.
A UHE Jirau, quando concluída, terá capacidade de 3.750 MW, a 14ª maior usina do mundo, o suficiente para abastecer mais de 10 milhões de residências. A geração será feita por 50 turbinas do tipo bulbo, de 75 MW cada, sendo 28 instaladas na casa de força 1 e 22 na outra.
[B]VERTEDOURO -[/B] Com mais de 40 metros de altura, o vertedouro é uma das maiores estruturas da Usina. É constituído por 19 pilares, sendo cada pilar medindo uma média de 37 metros de altura, 65 de largura e cinco de espessura. Os 18 vãos que se formam entre os pilares, medindo cada um 25 metros de altura por 20 de largura, abrigam as comportas ? grandes portas metálicas que se movem para regular o nível do reservatório.
A estrutura foi projetada para suportar uma vazão de 85 mil metros cúbicos de água por segundo, equivalente à maior cheia dos últimos 10 mil anos. A vazão de cheia do Rio Madeira que ocorre anualmente é de 40 mil metros cúbicos de água por segundo, sendo que no período de estiagem chega a cair para quatro mil.
Entre os convidados estiveram o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmerman; o presidente da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto; secretário chefe Casa Civil de Rondônia, Ricardo de Sá, representando o governador Confúcio Moura; senador Valdir Raupp; deputado federal Moreira Mendes; diretor de geração da Eletrobrás, Valter Cardial; presidente da International Power GDF Suez, Mauricio Bähr; diretor de engenharia da Chesf, José Ailton; e o secretário municipal extraordinário de projetos especiais de Porto Velho, representando o prefeito Roberto Sobrinho. Eles foram recepcionados pelo diretor-presidente da Energia Sustentável do Brasil, empresa responsável pela construção e operação da Usina.
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