Dilma vai reduzir número de ministérios
A presidente Dilma Rousseff parece ter dado ouvidos ao seu consultor para melhora da gestão no governo, o empresário Jorge Gerdau, e deverá reduzir o número de pastas na reforma ministerial, marcada para o início do ano que vem. O assunto é tratado com a mais absoluta discrição dentro do Planalto e os ministros estão proibidos de falar a respeito. Gerdau disse em discurso a empresários na última semana que "é impossível administrar com 40 ministérios" (há 38 no Brasil). Ele coordena a Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade, um órgão consultivo para a melhora da eficiência do governo, composto por quatro empresários e quatro ministros. A Secretaria de Portos, por exemplo, deverá voltar para o ministério dos Transportes e a da Pesca, para o ministério da Agricultura. Direitos Humanos pode voltar para o ministério da Justiça e as secretarias sociais, como a da Igualdade Racial e a de Política para Mulheres, podem ser aglutinadas.
A reforma ministerial, prevista para o início do ano que vem, não será marcada apenas por cortes e demissões. O governo espera lançar até lá o Ministério da Micro e Pequena Empresa. A criação da nova pasta, no entanto, depende do Congresso Nacional, onde o projeto do novo ministério está parado há sete meses. O nome escolhido é da empresária Luíza Trajano.
SAÍDAS - O governo conta também com a saída do ministro da Educação, Fernando Haddad, que informou que "em breve" deverá ter a tão aguardada conversa com a presidente para sua saída para disputar a prefeitura de São Paulo. Também devem desembarcar da administração pública federal os aspirantes a prefeito Luiz Sérgio (Pesca), e Fernando Bezerra (Integração Nacional), provável candidato do PSB à prefeitura de Recife (PE). Engrossa a lista dos prefeituráveis a ministra Iriny Lopes (Política para Mulheres).
Enfraquecidos por crises, insatisfações do Executivo ou denúncias de irregularidades em suas pastas, os ministros Carlos Lupi (Trabalho), Mário Negromonte (Integração Nacional), Ana de Hollanda (Cultura) e Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário) poderão ser demitidos no ano que vem. Um caso a parte é o do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, amigo histórico da presidente Dilma, ele deve se afastar da pasta para se dedicar integralmente ao tratamento de um câncer no cérebro. Com informações do site Terra.
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