Autismo encerra ano letivo em Ji-Paraná
(Da Redação) O ano letivo na Sala de Atendimento Especializado a Criança Autista de Ji-Paraná, foi encerrado na última sexta-feira (2). Pais, professores, colaboradores estiveram reunidos no local onde expuseram a história da luta diária com seus filhos, as dificuldades encontradas na tentativa de inseri-los na sociedade.
Para o entendimento do leitor, Autismo é uma disfunção global do desenvolvimento que afeta a capacidade de comunicação, socialização, de estabelecimento de relações e de comportamento do indivíduo, impedindo assim seu desenvolvimento pleno e participativo em atividades comuns ao longo da vida.
A criança com autismo tem a necessidade atendimento especializado em um programa de intervenção que estabeleça a reorganização cerebral, para que ela possa desenvolver autonomia na vida diária, estabelecer vínculos afetivos e posteriormente ingressar em uma sala de ensino regular.
Há três anos Ji-Paraná implantou através da Semed (Secretaria Municipal de Educação) o Programa Son-Rise (Son-raise) um modelo americano que foi desenvolvido no início da década de 70, nos EUA, pelo casal Barry e Samahria Kaufman que ouviram de especialistas que não havia esperança de recuperação para seu filho Raun, diagnosticado com autismo severo e um QI abaixo de 40.
Entretanto o casal acreditou na ilimitada capacidade humana para a cura e o crescimento, e puseram-se a procurar uma maneira de aproximar-se de Raun e criaram intuitiva e amorosamente o programa que o ajudou a se desenvolver a ponto de cursar uma faculdade e trabalhar.
A Gerência da Educação Especial da Semed juntamente com equipe que se propôs a trabalhar com crianças autistas busca no programa a alternativa para o desenvolvimento das crianças autista no município. Atualmente, segundo a gerente de educação especial Maria Cecília Ribeiro, são atendidos cerca de oito crianças nos quatro quartos que foram preparados pela Secretaria de Educação.
?Cada criança tem que receber no mínimo quatro horas e atendimento diário?. Disse Cecília ?Entretanto, o que podemos oferecer por enquanto é isto. Sabemos da dificuldade e da necessidade de cada um, mas temos esperança de um dia poder atender um número maior com a mesma qualidade que atendemos nossas crianças hoje?, acrescentou.
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