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Carlos Lupi é o 7º ministro a deixar a pasta
Alvo de denúncias de desvio de recursos públicos de convênios assinados com organizações não governamentais para capacitação de trabalhadores, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo. Em nota publicada neste final de semana no site do ministério, ele disse atribuiu sua saída à "perseguição política e pessoal da mídia". Em nota oficial, o ministro disse que pediu demissão por conta da perseguição política e pessoal da mídia que vinha sofrendo a dois meses sem direito de defesa e sem provas. ?Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados, reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador. Saio com a consciência tranquila de dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence?, disse Lupi. A presidenta Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão apresentado pelo ministro de Trabalho Carlos Lupi e, de acordo com informações da Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto, desde ontem (5), o secretário executivo da pasta, Paulo Roberto dos Santos Pinto, assume o cargo em caráter interino. Em nota, a presidenta Dilma "agradeceu o empenho e a dedicação do ministro Lupi ao longo de seu governo e tem certeza que ele continuará dando sua contribuição ao país". EXPLICAÇÕES - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, foi convocado ontem pelo governo de Dilma para esclarecer as suspeitas de irregularidades apontadas pelo jornal O Globo, segundo informações da Revista Exame. A saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, forçada por diversas denúncias, elevou a sete o número de ministros que renunciaram ou foram destituídos desde que Dilma assumiu a presidência. Seis deles, como o próprio Lupi, caíram após terem sido alvos de denúncias de corrupção. Segundo publicou o jornal O Globo e foi confirmado nesta segunda-feira por porta-vozes da presidência, Dilma pediu a Pimentel que explique os trabalhos que realizou por meio de sua empresa de consultoria, que mantêm contratos com a prefeitura de Belo Horizonte, da qual foi titular entre 2002 e 2009. De acordo com a versão do jornal, os serviços de consultoria renderam a Pimentel cerca de R$ 2 milhões e podem configurar um caso de tráfico de influência, o que foi negado pelo próprio ministro. 'Foi a forma que eu tive de ganhar dinheiro e sobreviver. Não tem nada de irregular, nada de ilegal', disse ao jornal Pimentel, que ressaltou que nesse período não ocupava nenhum cargo público. Fontes do PSDB disseram nesta segunda-feira que começaram a avaliar a possibilidade de convocar Pimentel ao Congresso para que esclareça sua situação, como ocorreu antes com os seis ministros que caíram por suspeitas de irregularidades. ...


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