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A história do Papai Noel

Data da notícia: 24/12/2011
Foto:

*Por Mary Camata

Papai Noel tornou-se um ícone cultural a partir de lendas vindas de países como Turquia, Holanda e Estados Unidos. Segundo os historidadores, a figura do bom velhinho é baseada em São Nicolau, um antigo bispo turco conhecido por sua generosidade com as crianças e os pobres
O simpático velhinho de roupa vermelha e barba branca que vemos nestes dias com destaque em centros comerciais de todo o mundo, tornou-se um ícone cultural da sociedade de consumo do terceiro milênio.
Apesar de ter se inspirado em um bispo que viveu no século 4 da nossa era, o sorridente personagem que encanta as crianças foi construído nos últimos 17 séculos com elementos de mitos de diversas regiões e países.
O personagem original foi bispo da cidade de Mira, no antigo reino de Lícia - na atual Turquia - de nome Nicolau, célebre pela generosidade com crianças e pobres, mas que, mesmo assim, foi perseguido e preso pelo imperador Diocleciano. Com a chegada de Constantino ao trono de Bizâncio, o bispo Nicolau foi libertado e pôde participar do Concílio de Nicéia (325 d.C.). Após sua morte, foi canonizado pela Igreja Católica como São Nicolau. Surgiram então, incontáveis histórias de milagres realizados pelo santo em benefício de pobres e desamparados.
Nos primeiros séculos após sua morte, São Nicolau tornou-se padroeiro da Rússia e Grécia, bem como de inúmeras sociedades beneficentes e das crianças, jovens solteiras, marinheiros, mercadores e prestamistas. A partir do século 6, foram erguidas várias igrejas dedicadas ao santo, mas essa tendência foi interrompida com a Reforma, quando o culto a São Nicolau desapareceu da Europa protestante, com exceção da Holanda, onde era chamado de Sinterklaas.
Na Holanda, a lenda do Sinterklaas fundiu-se a antigas histórias nórdicas sobre um mago mítico que andava em um trenó puxado por renas, premiava com presentes as crianças boas e castigava as que se comportavam mal. No século 11, mercadores italianos que passavam por Mira roubaram relíquias de São Nicolau e as levaram para Bari. A partir daí, essa cidade italiana onde o santo jamais colocou os pés tornou-se um centro de devoção e peregrinação.
No século 17, emigrantes holandeses levaram a tradição de Sinterklaas para os EUA, cujos habitantes adaptaram o nome para Santa Claus, mais fácil de ser pronunciado, e criaram uma nova lenda, consolidada no século 19, sobre um velhinho alegre que percorria o mundo em seu trenó no Natal, distribuindo presentes.
Enquanto nos Estados Unidos ele era conhecido como Santa Claus, do outro lado do Atlântico, no Reino Unido, chamava-se Father Christmas (Papai Noel). Com um nome ou outro, o certo é que o personagem baseado no bispo Nicolau tornou-se o símbolo do Natal e, principalmente, ícone do comércio de presentes de Natal, que movimenta anualmente bilhões de dólares.
A tradição não demorou a cruzar novamente o Atlântico, dessa vez renovada, e se espalhar para vários países europeus, em alguns dos quais Santa Claus mudou de nome. Na França, o Father Christmas dos ingleses foi traduzido para Père Noël, na Espanha para Papá Noel e em Portugal para Pai Natal, espalhando-se rapidamente pela América Latina.
Dizem ainda que o visual do Papai Noel (roupas vermelhas e gorro com barrete branco) teria sido uma invenção da Coca-Cola, que nos anos 30 promoveu uma campanha repaginando o Bom Velhinho com as cores oficiais de seu produto. Com informações do site R7.


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