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Aberta a corrida ao material escolar

Data da notícia: 13/01/2012
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>O CP fez um levantamento de preços com 10 produtos em Ji-Paraná. A economia pode surpreender

(Josias Brito) No início do ano os materiais escolares entram em alta. Nas prateleiras das papelarias o que se vê são cadernos, canetas, mochilas e estojos, tudo para chamar a atenção das crianças, que acabam influenciando muito na hora das compras. Os produtos em promoção são disputados pelos clientes, que sempre pechincham o melhor preço. A movimentação nas lojas especializadas no setor em Ji-Paraná ainda não tem sido intensa como o esperado pelos empresários.
Segundo os comerciantes do ramos de papelaria no município, o consumidor vê o orçamento ficar mais apertado por conta das compras de material escolar. E para quem quer economizar, a pesquisa continua sendo a melhor saída.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20120113d.jpg[/IMG] A reportagem do CP percorreu cinco estabelecimentos de Ji-Paraná e levantou os preços de uma lista básica com 10 produtos. Quando os itens são separados em duas cestas, a de maior e a de menor valor, o que se observa é que poderia ser feita uma economia de quase R$ 200 reais. Isso significa uma média de variação de quase 200 por cento entre a lista de menor preço (R$ 42,50) e a de maior preço (R$ 250).
Os produtos com personagens infantis estão custando em média 30% a mais em relação aos outros sem nenhuma menção aos desenhos animados. Para as meninas, a linha Princesas, Marry, Jolie e Barbie são as mais procuradas e consequentemente as mais vendidas. Os meninos preferem as linhas Hot Wheels, Ben 10 e Liga da Justiça. Para agradar ambos os sexos, a linha com outros personagens tem sido a melhor opção.
A maior oscilação de preço foi observada no apontador simples, sem reservatório. O produto de marca mais barato foi encontrado por R$ 1 e, o da ?modinha?, como por exemplo o de super-heróis, por R$ 7. Em seguida aparece a caixa de lápis de cor de 12 unidades, com variação de preços. O menor valor encontrado foi R$ 3,50 e o maior, R$ 12,30.
Márcia Regina de Oliveira tem dois filhos em idades diferentes. Ela conta que é muito difícil comprar material escolar sem gastar muito dinheiro. ?Ficamos com as mãos amarradas, pois eles escolhem aquilo que vão usar na escola e não tem como interferir muito nisso. Na minha casa eu estipulo uma meta a ser gasta e os deixo à vontade para escolher. A minha filha, uma adolescente de 14 anos, compreende melhor as coisas, mas meu filho de sete anos quer que eu faça suas vontades, o que acontece na maioria das vezes, pois fico com pena de contrariá-lo?, contou.
O empresário Rogério Fernandes Caldeira, proprietário da Livraria e Papelaria Kênia em Ji-Paraná disse que ao contrário dos anos anteriores, neste ano devido o aumento do dólar no exterior, os produtores importados tiveram um reajuste acima do esperado, sendo que estão mais caros do que os produzidos no Brasil. ?Tivemos um reajuste nos produtos escolares comprados de fora e por isso, hoje, ao contrário dos anos anteriores, compensa mais comprar produtores nacionais, que estão saindo muito mais baratos, do que os importados?, enfatizou.
Conforme Rogério Fernandes, a baixa nos preços dos produtos escolares se deu pelo aumento do produto importado e pela concorrência dos mesmos produtos no mercado interno. ?Neste ano, acreditamos que serão comercializado mais materiais escolares produzidos no Brasil do que os fabricados no exterior?, destacou.
Rogério disse que neste inicio de ano, ainda está tendo pouca procura dos pais pelos materiais escolares. ?Temos conhecimento que a falta de interesse pela compra dos materiais não é por falta de tempo e sim por dois motivos. Primeiro pela falta de dinheiro e o segundo é que as matriculas das escolas públicas iniciaram nesta semana. Acreditamos que entre os dias 25 deste mês a 7 de fevereiro tenha um grande aumento no procura de materiais escolares?, concluiu.

VENDAS - Na cidade, a venda de material escolar teve início logo após o Natal, com mochilas, cadernos, agendas, canetas hidrocor e todo aparato necessário para a volta às aulas. A linha infantil inspirada nos desenhos e séries como Barbie, High School Musical, Hanna Montanna, Hello Kitty e Ben 10 fazem o sucesso entre a criançada. Em algumas instituições os pais sabem de antemão a lista de material que os filhos vão precisar. Os preços, nesse período que antecede o início do ano letivo, permanecem sem grandes alterações. A perspectiva é que os preços subam até o início de fevereiro, aproveitando o apelo dos alunos pela troca de itens como mochila e cadernos. ?Pelo que percebo não há grande diferença em relação ao ano passado. Os preços seguem altos, principalmente os cadernos desses personagens infantis. Compro os mais em conta, mas é preciso pesquisar mesmo. A lista final de meus filhos chega a quase R$ 250, isso porque evito que troquem as mochilas que custam sozinhas, em média a partir de R$ 80?, comenta José Elias Dias.
Para os empresários a expectativa é de um aumento em torno de 10% nas vendas, lembrando que toda compra pode ser parcelada e são aceitas listas de todas as escolas. Um caderno pode ser encontrado a partir de R$ 4,50, lápis e canetas a partir de R$ 1,20 e acessórios como réguas e estojo a partir de R$ 2,50. Livros e mochilas são os itens mais caros.


[B]Procon orienta pais sobre material escolar[/B]

(Josias Brito) O Procon de Ji-Paraná aponta cuidados básicos que os pais devem ter no momento da aquisição de material escolar para o ano letivo de 2012, não só em relação ao comparativo de preços, mas também quanto a qualidade e direitos do consumidor. Segundo informações do órgão, é preciso verificar se todos os itens da lista são pertinentes. "As escolas não podem exigir que os pais adquiram materiais de higiene, limpeza ou taxas para suprir despesas com água, luz e telefone. Também não podem exigir a marca dos produtos ou determinar em qual loja o material deve ser comprado, nem obrigar a compra em seu próprio estabelecimento, isso é prática abusiva, elas são obrigadas a fornecer a lista", explica.
O Procon recomenda que os pais evitem levar os filhos no momento das compras, para que não se deixem influenciar pela escolha de produtos personalizados e, muitas vezes, mais caros.
As mochilas estão entre os itens mais vendidos na temporada de volta às aulas. Os ortopedistas orientam que é preciso ficarem atento ao peso das mochilas para evitar problemas no futuro. Eles aconselham que o peso carregado não pode ultrapassar 10% do peso da criança. Ou seja, um estudante que pesa 50 quilos deve carregar, no máximo, cinco quilos de material escolar nas costas.
De acordo com os ortopedistas, o modelo ideal de mochila é a que tenha duas alças largas e acolchoadas sobre os ombros, além do cinto interligando-as para melhor distribuição do peso.

UNIFORME - Somente se a escola possuir uma marca devidamente registrada poderá estabelecer que a compra seja feita na própria escola e ou em outros estabelecimentos pré-determinados, segundo o Procon.
Os pais também têm deveres a cumprir quando o assunto é material escolar. Os livros didáticos são uma exigência da escola que deve ser seguida pelos pais. Devem ser comprados os indicados e não semelhantes ou de edição diferente. A escola deve ainda apresentar aos pais o cronograma de ensino para que ele possa organizar e até parcelar a compra dos materiais pedidos. Desde 2008, existe uma lei que dá direito à escola de cobrar o material para que o aluno acompanhe às aulas.

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