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Rio Machado ultrapassa cota de alerta e preocupa ji-paranaenses

Data da notícia: 19/01/2012
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[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20120120d.jpg[/IMG] > A equipe do Corpo de Bombeiros registrou 9,98 metros o nível e já está em estado de alerta

(Josias Brito) O nível do rio Machado alcançou na madrugada da última quarta-feira (18), o limite máximo em Ji-Paraná, no centro de Rondônia. O mesmo que começou a subir rapidamente na tarde do último domingo (15) atingiu 9,82 metros, já acima do valor de 9,78 metros de permanência de 5% para estado de alerta estabelecido pela ANA (Agência Nacional de Águas) que possui uma estação telemétrica no município de onde os dados são coletados de hora em hora. Ontem (19), conforme equipe do Comdec (Comissão Municipal de Defesa Civil em Ji-Paraná), o nível do rio já havia atingido 9,98 metros e já provocava alagamento em algumas ruas dos bairros próximos aos rios Machado e Urupá.
Ji-Paraná, a segunda maior cidade de Rondônia pode ter neste inicio de 2012 uma enchente de grandes proporções parecida com a de 2005, quando o nível máximo do rio chegou a 11,84 metros no dia 3 de março. A maior enchente já registrada em Ji-Paraná, com 13 metros, foi em 1989, onde até a rodovia BR-364 ficou interditada por conta da inundação por completo da Vila Jotão, no Segundo Distrito.
A partir de agora e com o registro de mais chuva em seus afluentes, como os rios Urupá e Pimenta, a tendência é de que o nível do Machado suba ainda mais até o final desta semana, o que pode agravar a situação dos alagamentos. Com 10 metros, conforme a equipe do Corpo de Bombeiros e a ANA, o rio Machado já provoca alagamentos em pelo menos sete bairros de Ji-Paraná, onde mais de 10 mil pessoas são afetadas. ?Este nível foi atingido ontem, conforme informou a equipe do Comdec e já atingiu casas nos bairros Urupá e Beira Rio.
A partir do momento em que as águas dos rios Machado e Urupá começam a subir acima do normal, o Comdec têm equipes em prontidão que estão prontas 24 horas por dia caso haja necessidade de remoção de pessoas das áreas de risco, fato que ocorreu desde o início das cheias dos rios.
O sub-comandante do agrupamento do Corpo de Bombeiros em Ji-Paraná e coordenador substituto do Comdec, tenente Jorge Nascimento Alves, disse durante entrevista ao CP que o órgão tem finalizado o planejamento das áreas de riscos em Ji-Paraná e com apoio da Prefeitura e outros órgãos, no caso a Semas (Secretaria Municipal de Ação Social), tem acompanhado as famílias que vivem em áreas de risco. ?Hoje, no município existem aproximadamente 48 à 50 famílias que correm risco de serem desabrigadas por causa das cheias dos rios Machados e Urupá?, destacou o oficial.
Conforme ele, por meio do telefone 193, que é de uso universal, as famílias que não tiverem como saírem dos locais de risco e nem para onde ir, poderão entrar em contato e solicitar a ajuda do Comdec. ?Com apoio da Semas e da Prefeitura, iremos conseguir abrigo para estas famílias e caminhões com uma equipe para retiradas dos bens das áreas alagadas?, enfatizou.
Tenente Jorge Nascimento disse que o serviço que o Comdec e o agrupamento do Corpo de Bombeiros está realizando neste momento, é mais que um alento, é uma resposta ao clamor do povo que em ocasiões anteriores via-se não tinham um órgão que estava de prontidão para ajudar as famílias no momento difícil. ?Hoje a população pode contar com os servidores da Comissão, dos bombeiros, da Semas e da Prefeitura que, por vezes, em situação igual deixa os seus familiares em abrigos para socorrer ao demais?, destacou, informando ainda que hoje Ji-Paraná conta com dois abrigos para atender as famílias desabrigadas, um no Segundo Distrito, o Ginásio Adão Lamota e o outro no Primeiro Distrito, o Gerivaldão.

INVESTIMENTO ? Conforme o coordenador substituto do Comdec, tenente Jorge Nascimento, hoje a Prefeitura de Ji-Paraná tem investido na Comissão Municipal de Defesa Civil, dando suporte e apoiando o órgão, através das secretarias de Ação Social e de Obras, que atender a população que vivem em área de risco e neste período do ano, sofrem com as cheias dos rios. ?Com apoio destas secretarias, somos capazes de atender a população em área de risco em tempo ágil, evitando assim que as famílias tenham prejuízos. Além do apoio na remoção dos bens, estas pessoas também serão assistidas por agentes de saúde e de ação social?, concluiu.



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