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Presos fizeram quase 18 mil ligações de dentro da prisão em RO

Data da notícia: 29/02/2012
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[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/2012229h.jpg[/IMG] (Da Redação) A Polícia Civil em Vilhena apresentou o resultado de investigação de combate ao tráfico de drogas destinadas exclusivamente ao município, com resultados graves que relatam o submundo da criminalidade na cidade, em investigação iniciada em novembro de 2011.
Pela investigação, descobriu-se que Carlos Cristo de Oliveira, vulgo ?piolho?, preso na cadeia pública local e cumprindo pena por crime de roubo, é um dos principais traficantes de drogas da cidade e responsável direto por mais de 10 quilos de entorpecentes apreendidos pela Polícia Civil em pouco mais de dois meses.
Essa droga destinava-se exclusivamente à distribuição na cidade. Associaram-se ainda a Carlos Piolho alguns outros detentos, identificados como Rubens Rodrigues Ribas (preso em Vilhena), Elton da Costa Candelária (preso em Vilhena) e um preso da cadeia pública de Ji-Paraná, chamado Otoniel da Silva Lima, já conhecido em Vilhena por roubos violentos praticados a empresas na cidade, em anos anteriores.
A quadrilha, utilizando-se de aparelhos celulares de dentro da cadeia, mantinha contatos com outras pessoas (chamadas ?mulas?) para transportarem a droga das cidades vizinhas a Ji-Paraná ou Porto Velho, até Vilhena.
Nos últimos três meses foram presas em flagrante nove pessoas transportando drogas para ser distribuída em Vilhena e um menor identificado, sob comando de grande parte das negociações lideradas por Carlos Cristo de Oliveira e instaladas dentro da cadeia pública local.
Foram presos Keila Maria Pereira (esposa de Carlos Piolho), Ione de Oliveira Teodoro (esposa do preso Rubens Rodrigues Ribas), além de Marcos Augusto da Cruz (vulgo Marcão do Fumo), Keli Benta Garcia (esposa de Marcos), Liés dos Santos (amásia de Otiniel da Silva Lima, detento em Ji-Paraná), Levi de Paula Toledo Júnior, Giovano de Quadros D´Avila, Danilo de Oliveira Fragoso e Jaqueline Silva. Todos respondem por Tráfico de Drogas e Associação.
Como resultado dos três meses de investigações, além das nove pessoas já presas em flagrante e um menor de idade identificado, foram apreendidos quatro veículos (dois carros e duas motocicletas), um total de 12,5kg de droga, entre maconha e cocaína e mais de cinco mil reais em dinheiro.
TELEFONES DENTRO DA CADEIA PÚBLICA - Um levantamento feito pelo Setor de Inteligência da Polícia Civil junto a operadoras de telefonia celular mostra que, num período de dois meses, foram feitas exatas 17.849 ligações telefônicas por presos, originadas ou recebidas dentro da cadeia pública local.
Há provas cabais no inquérito policial que muitos aparelhos que entram na cadeia pública estavam sendo transportados dentro de garrafas térmicas destinadas à alimentação dos presos. Dois funcionários da empresa BANDOLIN, terceirizada que presta serviço de fornecimento, estavam sendo subornados por presos para, ao preço de R$500,00 cada aparelho, infiltrarem celulares na cadeia pública. Um deles, já descoberto (Jhony Marcos Pozzebon), foi demitido da empresa e responde investigação por crime de Favorecimento Real, havendo no inquérito farta prova de que mantinha contato com os presos, com o fim de transmitirem celulares.
Essa investigação traça um grave mapa da criminalidade do tráfico na cidade de Vilhena e do interior do estado, sob o comando de organização criminosa instalada por detentos do interior da cadeia pública local. Com informações da Delegacia Regional da Polícia Civil de Vilhena.

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