MPF/RO recomenda que prefeito providencie ressarcimento da Saúde
(Da Redação) A prefeitura de Porto Velho recebeu uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para que providencie o ressarcimento ao erário de mais de R$ 600 mil reais. Os valores são referentes a pagamentos irregulares de gratificações a funcionários da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) no perÃodo de 2005 a 2007. Estas gratificações eram pagas com recursos do Sistema Ãnico de Saúde (SUS).
Segundo o MPF, os pagamentos eram feitos sem que houvesse lei especÃfica regulamentando as gratificações e em contracheques separados (folhas paralelas). Além disto, não havia as retenções na fonte dos valores referentes a contribuições previdenciárias e impostos.
O MPF argumenta que a Constituição Federal determina que a remuneração dos servidores públicos só poderá ser fixada ou alterada por lei especÃfica. Mas em 2007, o Conselho Municipal de Saúde (CMS) publicou uma resolução estabelecendo gratificações a profissionais da Semusa. ?Não existe embasamento legal que atribua ao CMS a competência de instituir e majorar gratificações, criar e extinguir cargos, bem como normatizar e alterar valores pagos a tÃtulo de gratificações?, afirma o procurador da República Reginaldo Trindade.
Segundo ele, a resolução do Conselho também não estabeleceu a quantidade de gratificações a serem pagas aos profissionais, tampouco os valores de cada gratificação, ?deixando a fixação ao inteiro arbÃtrio do gestor?. A mesma resolução estabeleceu o pagamento de gratificação ao secretário do CMS, contrariando a Lei Complementar nº 76/1997 do MunicÃpio de Porto Velho.
[B]PRAZO [/B]- A prefeitura tem dez dias para responder se providenciará o ressarcimento dos valores e também se adotará outras treze providências recomendadas pelo MPF, tais como suspender pagamento de gratificações que não tenham amparo legal, emitir contracheque único e não mais adotar folhas paralelas de pagamento de pessoal, fazer as retenções na fonte referentes a previdência social e impostos, providenciar uma auditoria para levantar eventuais pagamentos irregulares feitos no perÃodo de 2007 a 2012. Com informações do MPF/RO....