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Juro do cartão de crédito ainda resiste às quedas

Data da notícia: 18/05/2012
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[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20120519-21.jpg[/IMG] (Da Redação) O governo mandou os bancos públicos, Caixa e Banco do Brasil, cortarem os juros. Os privados seguiram a tendência para não perderem mercado. Só que eles deixaram de fora o maior e mais acionado deles, o do cartão de crédito. O abismo entre os percentuais mostra que o juro do cartão de crédito foi o único que ainda não caiu no Brasil. Até o empréstimo pessoal em financeiras, com baixa reputação histórica, está com 8,14% de juro mensal, percentual menor que o cheque especial, com taxa de 8,28% em abril deste ano.
O coordenador de pesquisas da Fundação Ipead, Wanderley Ramalho, disse que o juro do cartão de crédito vai ficar uma anomalia no mercado se ele permanecer em patamar tão alto. "A taxa de juro do cartão de crédito é exorbitante. Não se consegue ter explicação razoável para o tamanho dele. E, agora, passa a fazer menos sentido ainda", disse.
Para o economista, é a primeira vez que está se discutindo a questão dos juros no Brasil. "Eles não têm conceito trivial e as pessoas têm dificuldade em raciocinar com juros", disse. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) preferiu não falar sobre o assunto. "O juro é definido pela política de cada banco, e a Abecs não entra nesse mérito", informou. Como tem aumentado o número de pessoas que usam o cartão de crédito - foram 173,2 milhões, alta de 13% de 2010 para 2011 - a Abecs lançou a nova fase da campanha educativa "Você manda no seu bolso" com dicas para uso mais consciente do cartão de crédito
O diretor executivo da Anefac, Andrew Storser, disse que quem compra no cartão de crédito aceita pagar aquele valor da forma como foi cobrada e aceita os juros também. "O juro do cartão de crédito não cai há muito tempo. Cedo ou tarde existe uma pressão para que ele caia", disse o executivo da Anefac. Mas Storser disse que a esperança de cair o juro do cartão não é tão rápida assim. "Com toda a queda da Selic, que está em 9% ao ano, não se mexeu em nada no juro do cartão", lembra. Ele orienta o consumidor a usar o cartão como última opção. Com informações do Jornal O Tempo.

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