Código Florestal vai ter vetos parciais
(Da Redação) O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira (24) que o projeto do Código Florestal aprovado pelo Congresso vai receber vetos parciais da presidente Dilma Rousseff. Dilma tem até esta sexta-feira para decidir se sanciona ou veta o texto aprovado pela Câmara. "Vai ter vetos parciais", disse o vice-presidente após participar de reunião com diretores do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O vice-presidente, no entanto, não soube informar quantos serão os artigos vetados pela presidente Dilma. A presidente voltou a se reunir ontem com o grupo de ministros envolvido com as negociações do Código Florestal, no Palácio do Planalto, na tentativa de decidir sobre os possíveis vetos. Participam da reunião os ministros Gleisi Hoffman (Casa Civil), Izabela Teixeira (Meio Ambiente), Mendes Ribeiro (Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União). Temer não participa do encontro.
CAMPANHA ? Na manhã de ontem, o governo federal recebeu uma petição com 1,9 milhão de assinaturas pedindo que a presidente vete o texto aprovado pela Câmara dos Deputados. O documento foi entregue pela Avaaz --organização global de campanhas-- nesta quinta-feira (24) aos ministros Gleisi Hoffmann, Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência e Izabela Teixeira. "O texto aprovado é um texto horrível. É muito difícil pensar uma solução que respeite algum pedaço desse texto, é o texto do desmatamento. A gente quer o veto total ao desmatamento. Esse texto com aquilo que está lá tem de ser inteiramente rechaçado", afirmou o diretor de campanhas da Avaaz, Pedro Abramovay.
Em declarações recentes, ministros ligados à presidente sinalizaram que o projeto deve sofrer vetos, especialmente os pontos que concedem anistia a desmatadores. "Houve sinalização de discordância com o que foi aprovado pelo Congresso. Qual exatamente vai ser a decisão... A gente vai acompanhar, fica muito satisfeito que tenham querido receber e dar uma resposta, sem dúvida agora vamos acompanhar vigilantes e observando pra saber se a decisão que a presidenta Dilma vai tomar é uma decisão a favor da motosserra ou se é uma decisão a favor do desenvolvimento sustentável.", disse Pedro Abramovay. Com informações da Folha de SP.
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