Raupp se diz otimista com documento produzido na Rio+20
O senador Valdir Raupp, em discurso na última quarta-feira (27), fez uma avaliação acerca do documento produzido na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, intitulado O Futuro que nós Queremos. Em sua opinião, apesar das críticas pelo perfil genérico do texto, que pecaria pela ausência de ações concretas, é preciso procurar vê-lo com outros olhos.
Raupp lembrou que, para as organizações não governamentais o texto não atende aos reclamos do desenvolvimento sustentável, não garante segurança alimentar e reflete interesses corporativos menos nobres. O senador disse ainda que mesmo que reconheça a consistência dessas reclamações, prefere se colocar ao lado dos otimistas. Ele se aliou às afirmações da presidente Dilma Rousseff, quando disse que o documento aprovado não retrocede nas conquistas que o mundo teve sobre desenvolvimento sustentável, pelo contrário, avança, pois pode exibir resultados como o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
- Fica sim um pouco de frustração, fica o sentimento de que poderíamos ter avançado mais, ousado mais, talvez até arriscado mais. Mas fica também a constatação de que foi essa a negociação possível, conforme o comunicado da ONU de que o documento deve ser visto como uma base, não como um teto, e compete a todos nós, com muita sabedoria e cuidado, mas sem esquecer a ousadia, erguer os próximos patamares ? declarou.
O parlamentar ressaltou que o obtido pode não ter sido o ideal, mas foi o possível, e fez um paralelo com o Novo Código Florestal, aprovado há alguns meses pelo Congresso. Ele assinalou que o projeto preparado no Senado era sensato, introduzia inovações, mas com as modificações inseridas na Câmara, a presidente teve que editar uma medida provisória para reaproximá-lo do aprovado anteriormente. Com informações da Ag.Senado.
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