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Embrapa Rondônia revela potencial do estado para a eucaliptocultura

Data da notícia: 30/07/2012
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[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20120731-242.jpg[/IMG] Resultados iniciais de testes realizados pelo Núcleo de Produção Florestal da Embrapa Rondônia (Porto Velho) com clones de eucalipto instalados, nos campos experimentais de Porto Velho e Vilhena, demonstram o potencial do estado para a eucaliptocultura. Em Rondônia existem amplas áreas propícias para a silvicultura com espécies nativas e exóticas e um ambiente favorável ao desenvolvimento de um programa florestal.
De acordo com o pesquisador Henrique Nery, em Porto Velho foram plantados quatro clones amplamente difundidos no Brasil: 1277, VM01, GG100 e H13. As avaliações mostraram um rápido crescimento inicial. As alturas médias das parcelas que receberam maior adubação de plantio foram, em metros, de: 4,48, 4,53, 5,67 e 6,45 para os clones 1277, o H13, o GG100 e o VM01, respectivamente, aos 12 meses de idade. ?Considerando-se que o plantio recebeu somente uma adubação (de plantio), os números podem ser considerados muito bons para o VM01, bons para o GG100 e médios para o H13 e o 1277?, explica Cipriani.
Até o final do ciclo da cultura (em torno de seis anos), podem-se esperar alterações nesse ranking, contudo, esses resultados já são bons indicadores do ritmo de crescimento dos clones e da resposta à adubação. As parcelas que não receberam adubo, por exemplo, apresentaram altura média inferior à metade da altura das parcelas adubadas. ?O produtor que pretende colher bons rendimentos com a eucaliptocultura, deve investir em fertilização, como faria com uma cultura agrícola convencional?, complementa o pesquisador.
Segundo Abadio Vieira, também pesquisador da Embrapa Rondônia, a região de Vilhena apresenta áreas propícias ao reflorestamento com espécies como pinus tropicais, que podem ser exploradas para produção de resina e madeira, e eucaliptos para uso múltiplo, como energia (lenha e carvão), poste para eletrificação, madeira para serraria, entre outros. ?Plantios comerciais de eucaliptos nesta região apresentam rendimento médio acima de 40 m3/ha/ano. Porém estes rendimentos podem aumentar com a escolha adequada de espécies/clones e o manejo do reflorestamento?, afirma.
Espécies de eucalipto são preferencialmente utilizadas devido ao seu rápido crescimento, capacidade de adaptação a diversas condições de clima e solo, assim como pelo potencial econômico de utilização diversificada de sua madeira. ?Clones como GG100, H13, VM01 e AT02, conhecidos pelo crescimento acelerado e plasticidade, podem ser plantados em diversas combinações de clima e solo, sem grande prejuízo na produção, e têm apresentado excelente desenvolvimento na região de Vilhena?, comenta Abadio Vieira.

INCENTIVO - O estado de Rondônia é o 13º em extensão do Brasil, constituído por uma área de cerca de 23 milhões de hectares. Porém, 40 % por cento desse total correspondem a áreas demarcadas pelo poder público como unidades de conservação e reservas indígenas. Além disso, as áreas de preservação permanente e de reserva legal podem representar até 80% da área de algumas propriedades agrícolas.
Somando a isso a pressão mundial pela redução do desmatamento na Amazônia, forma-se um cenário de redução gradual na oferta de madeira de mata nativa. Já a demanda, não para de crescer, impulsionada principalmente pela produção de cerâmicas, a secagem de grãos e outras atividades econômicas, isso sem considerar atividades que utilizam a madeira para fins não energéticos, como a construção civil e a movelaria. Com informações da Assessoria.

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