Rondônia teve 38 municípios atingidos por vendaval
A quantidade de municípios que reportaram danos causados pelo forte vendaval na última quarta-feira (10) em Rondônia prova tamanha severidade do tempo no sul da Amazônia. Pelo menos 38 dos 52 municípios rondonienses foram afetados pela poderosa linha de tempestades que varreu o Estado em mais de 700 km de extensão em questão de 5 horas. De norte a sul, o vendaval cortou os municípios provocando queda de árvores e de postes, destelhamentos de casas, estabelecimentos comerciais e prédios públicos, além da grande sujeira vista somente hoje com detalhes. Em média, os ventos chegaram a 75 km/h nas regiões de Cacoal e Ariquemes e a 95 km/h entre Jaru e Ouro Preto do Oeste. Na região de Ji-Paraná e Ministro Andreazza, as rajadas passaram de 100 km/h, bem como no extremo noroeste de Mato Grosso, local oriundo da tormenta.
Várias prefeituras começam a contabilizar os estragos provocados pela tempestade, algumas com prejuízos estimados em mais de R$ 500 mil pela grande quantidade de estabelecimentos destelhados ou parcialmente destruídos.
A tempestade se formou ainda nas primeiras horas do dia entre o norte de Mato Grosso e sul do Pará. Na região de Alta Floresta, a estação meteorológica automática do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) registrou rajada máxima de vento de 64,2 km/h por volta das 10 horas (local), indicando convecção profunda para um horário raro de ocorrência de tempo severo. Por volta do meio-dia, a tempestade já havia tomado forma se deslocando rapidamente para sudoeste, já nas proximidades da divisa com Rondônia. Os municípios mais castigados pela tormenta no Estado vizinho foram Matupá, que registrou queda de árvores, torres de emissoras de rádio e tevê, destelhamento de casas e estabelecimentos comerciais; Colniza, onde a tempestade também provocou destelhamentos em pelo menos 30% das residências da cidade; E na divisa com Rondônia, a cidade de Rondolândia foi a mais afetada, com muitas casas destelhadas, fios de eletricidade cortados e árvores arrancadas pela raiz. A administração municipal estuda a possibilidade de se decretar Estado de Calamidade Pública em virtude dos estragos.
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