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Embrapa aponta que Rondônia tem 70% de pastos degradados

Data da notícia: 24/04/2013
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(Da Redação) O Estado de Rondônia tem rebanho de 12 milhões de cabeças de gado, divididos em seis milhões de hectares de pastagens. De acordo com a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), 70 por cento desse território estão em estado de degradação. Conforme o pesquisador da Embrapa, Vicente Godinho, a implantação de pastagens é realizada há mais de 40 anos no Estado e nada foi feito para recuperar essa área.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20130424-141.jpg[/IMG] Para tentar reverter esse cenário, a Embrapa, em parceria com o Instituto Federal de Rondônia (Ifro) discutiu com mais de 220 produtores, técnicos e estudantes como obter pastagem com qualidade. O debate ocorreu na cidade de Ariquemes, no interior de Rondônia. A intenção é unir lavoura e pecuária.
O produtor Isac Nunes possui uma pequena propriedade em Cujubim, interior do Estado, onde trabalha com a pecuária de leite. Preocupado com as condições de sua pastagem e buscando formas para aumentar a produtividade de seu rebanho, ele acredita ter encontrado uma alternativa. ?A integração da lavoura com a pecuária está me parecendo uma boa saída. Estou vendo bons resultados e quero levar essa tecnologia para minha propriedade e, não só pra mim, mas para os meus vizinhos também?, comentou Isac, que vai apostar no milho para a integração com a pastagem.
Já para o produtor Alvorindo da Silva, de Ariquemes, o que mais chamou atenção dele é o consórcio de sorgo com mombaça. ?Eu trabalho com gado de leite e já utilizo algumas tecnologias como a inseminação e também a suplementação com cana e ureia. Agora preciso recuperar minha pastagem para aguentar o período da seca e aumentar minha produtividade sem abrir novas áreas.?, afirmou Alvorindo.

LAVOURA-PECUÁRIA - Com a integração lavoura-pecuária, é possível fazer o uso intensivo e mais sustentável do solo por um período maior ao longo do ano. O mais comum é usar a terra durante cinco meses do ano com lavoura consorciada com capim. Durante os sete meses restantes, usa-se o capim em pastejo. Um dos principais benefícios deste sistema são os nutrientes residuais deixados pelas lavouras para as pastagens, que passam a produzir forragem em maior quantidade e de melhor qualidade. ?Com a implantação da lavoura com a pecuária o produtor aumenta a produtividade das suas terras, produz mais grãos, silagem, carne, leite e aumenta sua renda, isso sem abrir novas áreas, otimizando o uso da terra com a utilização de mais tecnologia?, ressaltou a zootecnista da Embrapa, Elisa Osmari. Com informações da Assessoria.

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