Brasil investirá R$ 1,9 bilhão em saúde até 2014
(Da Redação) O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na última quinta-feira (23) investimento de R$ 1,9 bilhão até 2014. O dinheiro será usado em infraestrutura na área para a Copa e as Olimpíadas. O anúncio foi feito durante a 20ª Feira Hospitalar, que ocorre em um centro de eventos, em São Paulo. O dinheiro será investido em unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento 24 horas (Upas), Serviço de Atendimento Medico de Emergência (Samu), oficinas ortopédicas, unidades móveis odontológicas e Força Nacional do Sistema Único de Saúde, um grupo criado para atuar nos eventos de massa.
Padilha disse que o Ministério da Saúde planeja desde 2011 as ações para a Copa do Mundo. O planejamento levou em conta riscos como transmissão de doenças, abuso de álcool e drogas, violência e ocorrência de surtos causados por agentes externos. "São investimentos desenhados especificamente para preparar essas cidades para os grandes eventos. São desenhados, alguns, a partir de compromissos que essas cidades fizeram ao receber esses eventos e outros a partir de diagnóstico feito pelo Ministério da Saúde, a partir de 2011, necessitando ampliar investimentos", disse Padilha.
INVESTIMENTOS - Ao todo, o Ministério da Saúde vai investir R$ 1,9 bilhão em equipamentos de saúde que vão atender também a Jornada Mundial da Juventude, a ser realizada em julho, no Rio. Também serão destinados R$ 113,5 milhões anuais ao Samu, e está prevista a construção de mais 121 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas ? hoje há 275 em todo o país.
Além disso, o governo criou em 2011 a Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) para agir em situações de desastres. Desde então, os 12.869 profissionais voluntários ? entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos e outros ? têm atuado em eventos como os Jogos Mundiais Militares, a Rio+20 e até o incêndio na boate Kiss, ocorrido em janeiro em Santa Maria (RS).
Especificamente para trabalhar nas Olimpíadas de 2016, foi criado um grupo de saúde no início de 2012. O Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio, será o hospital de retaguarda dos atletas. O governo ainda discute a compra de mais 62 ambulâncias do Samu e prevê a implantação de novos leitos de retaguarda e UTI na cidade. ?A meta é criar regras para atender em casos de epidemias e desastres, com quatro diferentes níveis de resposta. Às vezes, a gente acha que o Brasil está preparado e acostumado a lidar com grandes eventos de massa, mas uma pequena falha, que é esquecida, ou não tão vista durante o carnaval, em um evento como a Copa ou as Olimpíadas terá visibilidade em escala global?, apontou o ministro.
As principais preocupações do governo na área da saúde durante esses acontecimentos são com a transmissão de doenças, eventuais surtos e a sobrecarga dos serviços de saúde, o abuso de álcool e drogas, o consumo de alimentos exóticos ou sem condições adequadas de preparo, e a violência. Com informações do G1 e do Ministério da Saúde.
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