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Operação Hidra de Lerna da PC cumpre prisões em Rondônia

Data da notícia: 26/06/2013
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[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20130626-171.jpg[/IMG] Policiais civis, comandados pelas autoridades policiais da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Velho e da Corregedoria Geral do Detran fecharam diversos órgãos públicos cumprindo mandados de busca e apreensão na manhã de ontem (25), durante a operação ?Hidra de Lerna?.
Dentre os órgãos abordados estão o Detran, o Idaron, a Prefeitura de Porto Velho, o Sintero, a Receita Federal, dentre outros.
O nome da operação faz analogia ao segundo trabalho de Héracles, personagem da mitologia grega que enfrentou o mitológico animal Hidra de Lerna, que tinha o corpo de dragão e sete cabeças que ao serem esmagadas se regeneravam e se duplicavam. O herói do mito, Herácles com o apoio de seu sobrinho Iolau descobriu uma forma de destruir a fera e a matou.
No ano de 2011 a autoridade policial responsável pela Corregedoria do Detran efetuou a prisão de vários membros da mesma quadrilha ora investigada e, no ano de 2012 policiais da 1ª Delegacia de Polícia Civil da capital também prenderam vários integrantes da quadrilha, porém as prisões fizeram pouco efeito, pois quando alguns suspeitos eram presos outros ocupavam o lugar deles e multiplicavam-se, inclusive com a cooptação de mais servidores públicos, ampliando sua atuação, estendendo-se aos Estados do Amazonas e Acre.
Neste momento, com a prisão de toda a quadrilha de uma só vez, a Polícia Civil espera que o bando seja finalmente vencido.
Os suspeitos presos são funcionários públicos e indivíduos de alta periculosidade acusados de formação de quadrilha, corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, falsificação de documentos públicos, estelionato, inserção de dados falsos em sistemas informatizados no Detran E outros delitos.

[B]Quadrilha era formada por servidores públicos[/B]

A suposta quadrilha é formada por servidores públicos, políticos, estelionatários e criminosos de alta periculosidade, com ramificações em três Estados.
Os suspeitos falsificavam carteiras de habilitação, baixavam multas, débitos, tributos, diretamente na base de dados do Detran. As CNHs eram falsificadas com material original do próprio departamento. A quadrilha além de abastecer todos os municípios de Rondônia, ainda distribuía carteiras falsas para vários Estados do Brasil, como Amazonas e Acre.
O grupo contava com a participação de servidores do próprio Detran que se encarregavam de subtrair os materiais originais do órgão usado para falsificar os documentos. Como as CNHs eram feitas com material original era muito difícil detectar de imediato a falsidade. Até taxistas adquiriram carteiras para trabalhar.
Os acusados não se limitavam a falsificação de CNHs. Foi descoberta a instalação de uma verdadeira máfia de servidores públicos, despachantes, dentro e fora do Detran, que acessavam a base de dados do Departamento de Trânsito e mediante fraude ao sistema informatizado do órgão realizavam alterações sobre as características de veículos e baixavam débitos, taxas, e multas de veículos e de condutores.
Para um condutor autuado pela lei seca, por exemplo, bastava procurar a quadrilha que todas as multas eram baixadas e zeradas nos sistemas do Detran. Aquele que quisesse baixar débitos, taxas, multas, para licenciar seu veículo era só contatar a quadrilha que tudo saia do sistema.
Os servidores presos recebiam os dados das placas dos veículos e sob o comando da ordem ?arrocha aê? faziam a limpeza dos débitos dos veículos.
O faturamento era alto, estima-se que por dia a quadrilha falsificava em torno de 20 (vinte) CNHs e em média de 15 (quinze) a 20 (vinte) veículos chegava para o grupo atuar. O preço de cada CNH variava entre R$ 1.200,00 a R$ 4.000,00.
Alguns despachantes faturavam altas quantias, pois como os débitos, multas, taxas, era tudo baixado nos sistemas sem pagamento, todo o dinheiro que o proprietário do veículo passava para o despachante ficava no bolso da quadrilha. Fonte: SSP/ASCOM/PC-RO.

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