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Médicos fazem paralisações contra medidas do governo federal
(Da Redação) Médicos de ao menos nove estados fizeram greve nesta terça-feira (23) para protestar contra recentes decisões do governo federal envolvendo a categoria, como o programa Mais Médicos, que prevê a contratação de profissionais estrangeiros para atuar no interior do país, e os vetos da presidente Dilma Rousseff ao Ato Médico, legislação que regulamenta as atividades na medicina. Nos estados do Rio Grande do Norte, Goiás, Ceará, Mato Grosso, Amazonas, Sergipe, Pernambuco, Paraná e Minas Gerais houve registro de suspensão das atividades dos médicos. Em Rondônia houve protesto, mas não se registrou paralisação das atividades. Em Mato Grosso do Sul, houve manifestação. O sindicato estadual recomendou a paralisação, mas não informou quantos profissionais aderiram à recomendação. Em Goiás, pacientes do SUS foram surpreendidos diante de unidades de saúde fechadas. Eles alegam que não foram avisados da paralisação. No estado, cerca de 1.500 médicos e residentes devem cruzar os braços. Serão mantidos apenas os serviços de urgência e emergência. No Rio Grande do Norte, os atendimentos ambulatoriais nas unidades de saúde estãoparados. A recomendação do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed) é que sejam mantidos atendimentos de urgência e emergência. Amazonas também registrou paralisação dos médicos. Aproximadamente dois mil médicos devem participar do movimento, informou o Sindicato dos Médicos do estado (Simeam). Segundo a entidade, serão paralisadas atividades dos profissionais que atuam nas redes municipal e estadual, além dos que possuem vínculo federal. De acordo com o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, no estado somente devem ser atendidos casos de urgência e emergência nas redes pública e particular. Os médicos de Cuiabá devem se reunir durante o dia na sede do CRM-MT no Centro Político e Administrativo. Em Porto Velho, cerca de 30 médicos fizeram protesto em frente a um pronto-socorro, mas não chegaram a paralisar as atividades. A paralisação desta terça-feira foi seguida também por médicos de várias regiões do estado do Paraná, que suspenderam as atividades. Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, houve manifestação de cerca de 200 médicos contra as medidas do governo federal. O sindicato de médicos local disse que recomendou suspensão de atividades aos médicos do estado, apenas para os serviços ambulatoriais, mas não informou quanto profissionais aderiram à paralisação. MOVIMENTO - A orientação da Federação Nacional de Médicos, que organiza o movimento desta terça, é para que o atendimento seja mantido somente em casos de urgência e emergência. Cada associação estadual, no entanto, tem autonomia para decidir a extensão da paralisação, programada, por enquanto, somente para um dia. As entidades estaduais dos médicos pretendem parar novamente nos dias 30 e 31 de julho. De acordo com nota oficial divulgada pela Fenam, ?caso não haja avanços no movimento?, a entidade poderá decretar greve por tempo indeterminado a partir de 10 de agosto, dia em que está agendada a última atividade das paralisações relâmpago. Briga judicial O Conselho Federal de Medicina acionou a Justiça para suspender o programa Mais Médicos, lançado neste mês pelo governo para suprir a déficit desses profissionais em regiões carentes. Com informações de Assessorias do site G1. A ação civil pública foi protocolada na noite da última sexta (19) na 22ª Vara da Justiça Federal do DF. O processo foi distribuído automaticamente pelo sistema eletrônico da corte para a juíza Roberta Gonçalves da Silva Dias do Nascimento. Na ação judicial, e entidade médica pede que os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) só realizem o registro provisório dos médicos intercambistas que aderirem ao programa mediante a apresentação da revalidação do diploma expedido fora do país e do certificado de proficiência em língua portuguesa. Esses requisitos, exigidos para qualquer médico formado fora que queira trabalhar livremente no Brasil, foi dispensado pelo governo para os candidatos inscritos no programa, que obriga os médicos a atender em áreas específicas. ...


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