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Ji-paranaenses sentem os prejuízos da greve dos bancários

Data da notícia: 11/10/2013
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(Josias Brito) A quase um mês do início da greve nas agências bancárias, os transtornos só aumentam para os consumidores. Filas nos caixas eletrônicos, transações não realizadas ou até mesmo atraso na efetivação dos pagamentos são alguns dos problemas enfrentados. Diante da situação, a sociedade é que vem enfrentando ao longo deste período os prejuízos.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20131011-151.jpg[/IMG]Em Ji-Paraná, um dos principais agravantes tem sido para o comércio. Com a diminuição na circulação de dinheiro, os comerciantes já percebem uma queda considerável nas vendas. A opção está sendo os bancos conveniados, que tem atendido os associados no município.
Na semana passada, inicio do mês de outubro, período de recebimento de salários e pagamento de contas, quem se arriscou a ir aos bancos, casas lotéricas e correspondentes bancários teve que ter paciência para encarar as filas. Iniciada em 19 de setembro, a greve dos bancários chegou ontem ao 21º dia. O a greve coincidiu com a data em que servidores públicos municipais e estaduais e muitas grandes empresas pagam salários.
Para o subgerente do Comercial Mota, Claudemir Antunes, os prejuízos são em favor da redução nas vendas e atraso de pagamentos. ?Prejudica bastante, pois o nosso principal cliente, que são produtores rurais, depende do funcionamento dos bancos. Com a pequena circulação de dinheiro houve uma redução considerável nas vendas, além de atraso no pagamento de contas? disse Claudemir.
Estes problemas têm reflexos no bolso do consumidor, pois com o período que já se estende da greve pagamentos deixam de serem efetuados no tempo correto. O professor Daniel Costa, diz passou constrangimentos pessoais por conta do atraso na efetuação dos pagamentos.
?Os prejuízos são enormes, a gente trabalha e não consegue receber. Por conta dessa greve tem atrasado o pagamento de contas, e as lojas começam a cobrar causando um constrangimento? declarou o professor.
A greve dos bancários tem ocasionado uma lentidão nos serviços prestados nas agências, principalmente no setor de autoatendimento. Pessoas que vão efetuar saques ou receber pagamentos tem encontrado dificuldades para realizar suas atividades. O aposentado, José Domingues de Souza, relata a dificuldade de receber o pagamento do benefício.
?Eu como aposentado tenho enfrentado grandes problemas, principalmente por falta de maior atendimento nos caixas eletrônicos. Tenho dificuldade em sacar os pagamentos, e com o número reduzido de funcionários a demora em realizar o serviço é ainda maior? afirmou.

FALTA DE DINHEIRO ? No inicio deste mês, diversas pessoas procuraram o MPF (Ministério Público Federal), regional de Ji-Paraná, para denunciarem a falta de dinheiro no município. Segundo relataram aos procuradores, por causa da greve e também devido à obra que vem sendo realizada no aeroporto José Coleto, no município, o avião que traz o dinheiro para a cidade, não tem condições de pouso e decolagem no município, causando assim, mais prejuízos para a população ji-paranaense. As denuncias vem sendo analisadas pelo MPF, que deverá emitir um parecer nos próximos dias.

LOTÉRICAS - As lotéricas estão sendo a opção para muita gente, já que todas as agências de Ji-Paraná aderiram à greve, segundo dados do sindicato dos bancários.
Na lotérica do Centro, as filas diárias tem tomado às calçadas das ruas próximo ao local. A situação é a mesma, tanto na lotérica do bairro 2 de Abril, como no da Avenida Brasil, no segundo distrito. Pouco depois do meio-dia, de ontem, o cobrador de uma empresa do município, Thiago de Oliveira, entrou na fila para receber e efetuar pagamentos. Ele garantiu que antes de 13h15 não conseguiu chegar à boca do caixa. ?Sem medo de errar?, pontua. Outras lotéricas do município também estavam com longas filas.

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Greve bancárias é a maior dos últimos 20 anos
A greve dos bancários, que completou 21 dias na última quarta-feira (9), e fechou, segundo dados da Contraf-CUT 11.748 agências, centros administrativos e call center?s em todo o país, já é considerada a mais forte e maior dos últimos 20 anos e, por isso mesmo, conseguiu arrancar mais uma reunião com a federação dos bancos (Fenaban) que acontece amanhã, quinta-feira, às 10 horas, em São Paulo.
Ao meio dia, também em São Paulo, aconteceu nesta quinta-feira (10), a negociação das reivindicações específicas com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), José Pinheiro, isso comprova que a força da greve é importante para forçar os bancos a apresentarem uma proposta mais justa para a categoria e que juntamente com o clamor da população, que já sofre os efeitos negativos de uma paralisação, é que os bancos quebram o silêncio.
?Isso mostra que os bancos esperaram muito tempo para quererem negociar com a gente. Na semana passada chegaram a oferecer um reajuste de 7,1%, totalmente inaceitável e acharam que venceriam os trabalhadores pelo cansaço, o que não aconteceu, pois é com a adesão e a demonstração de força que conseguimos nossos direitos e garantias?, avaliou Pinheiro.

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