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Joaquim não descarta se candidatar à Presidência após deixar o STF

Data da notícia: 17/10/2013
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(Da Redação) O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, deixou em aberto a possibilidade de candidatar-se à Presidência da República e disse que é "muito difícil" que continue a ser ministro da Corte até completar 70 anos, quando seria obrigado a se aposentar. Ele afirmou que este não é o momento para pensar no assunto, mas não descartou a hipótese de se lançar ao cargo no futuro.
O tema foi tratado na última segunda-feira (14), durante a 8ª Conferência Global de Jornalismo investigativo, realizada no Rio de Janeiro, onde mais de mil jornalistas estiveram presentes no campus da PUC. O ministro discursou por cerca de 15 minutos e depois respondeu perguntas de jornalistas. Barbosa falou sobre a necessidade de uma reforma política, se posicionou diante da polêmica sobre a censura às biografias não autorizadas e analisou a cobertura da imprensa sobre Poder Judiciário, entre outros assuntos.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20131017-131.jpg[/IMG]?Acho difícil, muito difícil continuar?, disse ele que tem 59 anos, quando perguntado se seria ministro até os 70 anos. ?Eu não tenho intenção no momento de me lançar à Presidência da República. Mas pode ser que no futuro eu tenha tempo para pensar nisso, disse ele. Barbosa falou para uma plateia de jornalistas sobre a urgência de uma reforma política. Ele posicionou-se contra o voto obrigatório, a favor das candidaturas avulsas, criticou o excesso "assombroso" de legendas, a "mercantilização" das siglas, e o "coronelismo e mandonismo" na estrutura interna dos partidos.
?O assunto mais premente, mais árduo de todos, é a questão da reforma política. O povo tem sido sistematicamente ignorado, colocado à parte das decisões políticas do nosso país. É a natureza tortuosa do nosso sistema político, movido por um combustível nada limpo, que é o dinheiro de origem duvidosa, que tem causado a grande desafeição do cidadão para com a política?. Segundo ele, após as manifestações de junho houve uma "acomodação".


MENSALÃO - O presidente do Supremo não quis se aprofundar sobre o julgamento do mensalão, mas afirmou que a análise dos embargos infringentes deve durar "uns três ou quatro meses". ?Não quero falar sobre o caso em andamento. Mas deve durar uns três ou quatro meses?, limitou-se a dizer.
Barbosa voltou a atacar a ineficiência do Poder Judiciário. Mas ele disse estar um "pouco cansado" de falar sobre o assunto, pois trata esse tema cotidianamente. ?Os problemas do Judiciário brasileiro hoje são bastante conhecidos. Lentidão, mitigância exacerbada, absoluta falta de compromisso com a mínima funcionalidade. Isso para não deixar de mencionar o academicismo alheio e pomposo que não considera a realidade brasileira?, finalizou. Com informações da ABRAJI.

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