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NACIONAL
Passagens aéreas aumentaram nos últimos anos

Data da notícia: 02/11/2013
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[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20131102-221.jpg[/IMG] (Da Redação) O preço das passagens aéreas no Brasil aumentou 131,5% acima da inflação desde 2005, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação seria apresentada pelo presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, em uma reunião marcada para esta semana entre o governo e representantes das companhias aéreas.
O objetivo do encontro é de tentar convencer as empresas de que os preços cobrados no país são altos demais. ?Espero que eles colaborem, que haja uma compreensão de que se deve explorar o turismo, não os turistas?, disse Dino. Segundo ele, o desequilíbrio entre demanda e oferta e o aquecimento do mercado faz com que haja práticas comerciais abusivas - que ficam mais evidentes no caso das festas de fim de ano e agora da Copa do Mundo do ano que vem -, sendo verificados aumentos de até 1.000% no preço das passagens. ?Não temos nenhum fator econômico objetivo no que se refere a custo ou tributação que justifique esse aumento, que é obviamente abusivo?, acrescentou.
As quatro empresas que operam no Brasil ? TAM, Gol, Azul e Avianca ? participaram da reunião além de representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Secretaria de Aviação Civil e do Ministério da Justiça.
Segundo Dino, se as empresas não atenderem ao ?chamado do bom-senso?, é possível que haja mudanças na regulação do setor, inclusive acabando com a chamada liberdade tarifária. ?A liberdade tarifária não é um dogma, pode ser revista a qualquer tempo. Esse seria um caminho, voltar a praticar uma administração de preços como já foi feito no passado?, explicou.

MEDIDAS - Outra medida para reduzir o preço das passagens no país é ampliar a oferta mediante a abertura do mercado para empresas estrangeiras fazerem voos domésticos no Brasil. ?Se as empresas atuais não conseguirem ter práticas adequadas e oferecer bons serviços a preços justos, o mercado brasileiro é altamente atrativo para outras empresas?.
Segundo ele, não é válido o argumento de que essa ação levaria a uma desnacionalização do setor, porque as empresas atuais também já não são totalmente nacionais. Para essa mudança, seria preciso alterar o Código Brasileiro Aeronáutico.
Os preços da hotelaria também estão na mira da Embratur. Segundo o ranking que será apresentado na reunião, o Rio de Janeiro aparece em quarto lugar nas tarifas de lazer, com diária média de US$ 210, atrás apenas de Miami, Punta Cana e Nova York.
?Aí junta passagem aérea, que muitas vezes também é mais barata. É por isso que o cidadão de classe média prefere viajar para o México, para Montevideu, por isso que os voos internacionais estão abarrotados de brasileiros?.

COPA - Para a Copa do Mundo, Dino defende que a Fifa e a Match, empresa suíça escolhida para intermediar as vendas de pacotes de turismo para a Copa, liberem os quartos que já foram adquiridos nas cidades-sede para que a oferta aumente e os preços sejam reduzidos. ?Constatamos que, além de eles terem o monopólio, colocaram uma taxa de intermediação de 40% sobre o valor que estão pagando, que é abusivo. Se não rompermos esse monopólio, temos uma oferta muito diminuta no mercado?, disse. Com informações da Agencia Brasil.

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