Governo quer padronizar segurança nos estádios
(Da Redação) As cenas de violência registradas durante o jogo entre Atlético Paranaense e Vasco da Gama, no último domingo (8), levaram representantes do governo federal, do Poder Judiciário e de entidades desportivas a discutir medidas para garantir a segurança nos estádios brasileiros. Entre as iniciativas tratadas durante reunião realizada ontem (12), no Ministério do Esporte, está a padronização de procedimentos de segurança durante eventos esportivos, principalmente durante jogos de futebol.
A criação de juizados e delegacias especializadas no atendimento a torcedores também esteve na pauta da reunião como iniciativas a serem discutidas com os governos estaduais e com o Poder Judiciário. Outra iniciativa retoma a necessidade de um cadastro nacional de associados a torcidas organizadas e daqueles proibidos de frequentarem estádios.
Cardozo e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, também defenderam maior responsabilização dos clubes quando seus torcedores se envolverem em brigas ou atos ilícitos. ?Mais do que a punição pecuniária, os clubes temem a punição técnica. Um clube teme mais a perda de três pontos do que [multa] de R$ 3 milhões. O dinheiro ele pode arrumar emprestado, já os três pontos vão ser cobrados pela torcida de forma muito mais dura", defendeu o ministro do Esporte.
MEDIDAS - As medidas tratadas na reunião preveem maior integração dos setores de inteligência policial dos estados. A última medida discutida foi o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei que trata do Estatuto da Segurança Privada. De acordo com Cardozo, o assunto já está em fase final de elaboração e define regras e condicionantes para a atuação dos serviços de vigilância privada.
O governo vai criar um grupo técnico, coordenado pelos ministérios do Esporte e da Justiça, para definir como implementar as medidas. Estão previstas três reuniões para tratar do assunto: a primeira será entre os secretários estaduais de segurança pública; a segunda entre representantes do Conselho Nacional do Ministério Público e do Conselho Nacional de Justiça; e a terceira entre CBF, Superior Tribunal de Justiça Desportiva e as federações estaduais de futebol. Com informações da Ag.Brasil.
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