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CEIA
Inflação dos alimentos encarece ceia de Natal
(Da Redação) A inflação dos alimentos, que atormentou o consumidor em boa parte de 2013, continua incomodando neste Natal e deve ser um dos principais fatores para segurar as vendas de fim de ano. Também a desaceleração do crédito, a alta dos juros e a maior cautela do brasileiro para assumir novas dívidas podem atrapalhar os negócios. Entidades ligadas ao comércio projetam crescimento moderado do volume de vendas neste Natal, entre 3% e 5%. Se essas estimativas se confirmarem, será o menor avanço de vendas em quase 10 anos, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Três pesquisas feitas por instituições diferentes - Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fecomércio-SP e CNC - apontam para a mesma direção: os preços dos alimentos para a ceia de Natal superam de longe a inflação de 5,85% acumulada neste ano até dezembro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) - 15, que é uma prévia da inflação oficial, o IPCA. De acordo com a FGV, os preços dos itens mais frequentes na ceia de Natal estão em média 8,1% mais altos este ano do que no Natal de 2012 e acima da inflação acumulada em 2013, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que foi de 5,48% neste ano até os dez primeiros dias de dezembro. Em contrapartida, o valor dos presentes, que incluem bens duráveis, como eletroeletrônicos, e os semiduráveis, que englobam os artigos de vestuário, subiram menos: em média 3,78% de janeiro a dezembro, perdendo para a inflação do período. Os destaques de alta dos alimentos foram a farinha de trigo e os panificados, entre os quais os panetones. Esses dois itens ficaram 30,56% e 15,31% mais caros, respectivamente. As frutas encareceram 15,41%; o frango, 10,28% e o lombo suíno, 10,07%. ?O recorte da inflação dos alimentos no Natal reproduz o que aconteceu com a inflação ao longo do ano e a pressão dos preços dos alimentos é a que mais afeta o orçamento das famílias?, afirma o economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, André Braz. Ele destaca a valorização do dólar em relação ao real como um dos fatores que pressionaram a alimentação no domicílio. Em 12 meses até sexta-feira, o dólar subiu 15,5% em relação ao real. Como exemplo de impacto do câmbio nos custos e nos preços dos alimentos, o economista cita o caso das aves e dos suínos, alimentados com derivados de soja e milho, commodities cotadas em dólar. No caso dos panificados, a influência do câmbio ocorre porque o País não é autossuficiente em trigo. Por isso, ao importar parte do grão, absorve a pressão do câmbio na farinha e derivados. Com informações do Estado de São Paulo. ...


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