Economia deve crescer menos no próximo ano
A economia do Brasil deverá crescer 4,5% em 2009, superando o crescimento mundial médio estimado entre 2,5% a 3%, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Em 2009, o mundo estará dividido em dois grupos; um, dos países que deram uma forte resposta à crise no crédito e outro, com uma resposta fraca", afirmou Mantega. "O Brasil será um dos mais fortes países."
Para 2008, Mantega disse que o governo brasileiro está mantendo sua projeção de crescimento econômico de 5% a 5,5% para 2008. O ministro afirmou que a crise de crédito global não terminará com a adoção do pacote de ajuda ao mercado financeiro pelo Congresso dos EUA. "A crise vai durar enquanto existirem ativos ruins."
No entanto, o ministro opinou que o aperto no crédito deve ser "menos agudo" em 2009. Ele destacou que muitos bancos europeus ainda não revelaram toda a extensão de seus ativos ruins. "No Brasil, podemos retomar o forte crescimento novamente em 2010, embora isso ainda dependa em parte da velocidade com que os ativos ruins serão identificados no sistema mundial de crédito".
A crise fez com que o dólar atingisse um patamar mais adequado em relação ao real, e diminuiu a preocupação do governo com o comportamento da inflação, disse Mantega. O ministro disse ainda que o governo não descarta a possibilidade de adotar novas medidas para garantir liquidez ao mercado nacional, mas ponderou que o governo não tem nenhum pacote em estudo.
CONSTRUÇÃO - Construir voltou a ficar mais caro em outubro, mas a alta perdeu força em relação a setembro, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou alta de 0,95% no mês passado, ante 1,30% em setembro. Em outubro de 2007, ficou em 0,43%. Com a alta, o custo de construção do metro quadrado, que em setembro foi de R$ 660,91, passou para R$ 667,21, sendo R$ 389,11 relativos às despesas com materiais e R$ 278,10 com a mão-de-obra. A parcela dos materiais apresentou alta de 1,48% em outubro, recuando 0,55 ponto percentual se comparada com setembro (2,03%). A mão-de-obra variou 0,22%, um pouco abaixo de setembro (0,30%).
No ano, os materiais subiram 11,90%, bem acima de igual período do ano passado (4,11%). A parcela do custo referente à mão-de-obra aumentou 7,80% até outubro, também mostrando aceleração, porém mais moderada em comparação aos 5,69% de 2007.
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