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Sipam alerta para cheia do Rio Madeira em Porto Velho

Data da notícia: 21/01/2014
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(Da Redação) O pico de cheia do Rio Madeira, em Porto Velho, deve alcançar a cota de 58 metros até o final deste mês. Historicamente, esse é o maior nível, no mês de janeiro, registrado na capital rondoniense. A área inundada compreenderá principalmente os bairros São Sebastião, nas proximidades da Avenida Farquar e o bairro Triângulo, ou Baixa União, que terá a área de várzea do Igarapé Santa Barbara invadida pelas águas do Rio Madeira. As áreas comerciais, no entorno do terminal pesqueiro, devem começar a sentir os efeitos da cheia em poucos dias.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20140121-121.jpg[/IMG]A previsão é do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), elaborada a partir do Modelo de Previsão do Nível do Rio Madeira, análise de informações de sensores satelitais e dados da Rede hidrométrica para registro dos níveis, vazão, chuvas e qualidade das águas dos rios. ?As cheias são consequência direta do escoamento das chuvas que também se apresentaram acima da média histórica na bacia do Rio Madre de Dios (Peru) e Mamoré (Bolívia)?, esclarece a coordenadora de Operações do Centro Regional do Sipam de Porto Velho, Ana Strava.
Segundo as previsões climáticas produzidas pelo Sipam, o primeiro trimestre trará chuvas acima da média no Acre, no norte de Rondônia e no Mato Grosso, impactando diretamente a bacia do Rio Madeira e do Rio Acre. O Modelo de Previsão do Nível do Rio Madeira, desenvolvido em 2006 em parceria entre Sipam e Agência Nacional das Águas (ANA), indica a cota de inundação na cidade com 24 horas de antecedência e permite à Defesa Civil a localização precisa das residências que estão em risco de inundação eminente.

CHEIA DO RIO MADEIRA - As cheias do Rio Madeira são esperadas pela população de Porto Velho no período de outubro a abril. O aumento dos níveis ocorre a partir da coleta da água da chuva pelos rios do sul do Peru e de quase toda a extensão da Bolívia. Suas águas barrentas refletem o nascedouro nas cordilheiras dos Andes. Essas águas encontram as águas negras do Rio Guaporé, que nasce em Mato Grosso na altura de Guajará-Mirim.
Nesse período, considerado o inverno amazônico, as chuvas concentradas na região do rio Madre de Dios, peruano, e Mamoré, boliviano, provocam picos de cheias no distrito de Abunã e Porto Velho, bem acima da normalidade. Por três ocasiões, o nível do rio ultrapassou a máxima histórica registrada nos últimos 50 anos nos respectivos períodos. A primeira ocasião foi em outubro de 2013, quando o pico do Rio atingiu a cota de 11,47m quando o máximo histórico dos últimos 50 anos era de 9,23m. Em dezembro de 2013, o nível do rio surpreendeu novamente ultrapassando em mais de 1,5m a cota máxima histórica do período.
Desde o último dia 06 de janeiro, o rio volta a apresentar níveis nunca antes observados dentre seus registros. Dia 17/01 a cota na régua de Porto Velho era de 15,06m e embora deva baixar nos próximos dias, uma nova elevação do nível está sendo esperada até o final do mês de janeiro.

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