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DIA MUNDIAL
Campanha visa diagnóstico precoce da Hanseníase

Data da notícia: 27/01/2014
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(Carol Camilo) O Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase será comemorado neste domingo (26). No último dia 14, o Ministério da Saúde (MS) lançou uma campanha educativa dirigida à população e aos profissionais de saúde. Com o slogan ?Hanseníase tem cura?, a campanha orienta os profissionais de saúde a identificar os sinais e sintomas da doença visando o diagnóstico precoce. De acordo com a coordenadora do Programa de Controle a Hanseníase em Ji-Paraná, a técnica em enfermagem Ana Lúcia Teixeira, a ação é concentrada nos municípios com mais de 100 mil habitantes, principalmente, das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que são áreas consideradas, pelo MS, como prioritários para ações de combate à doença por concentrarem a maioria dos casos. ?Ji-Paraná está entre estes municípios e participa desta campanha, que tem como finalidade divulgar os sinais da doenças com o objetivo de diagnosticar e tratar os casos existentes, e também a promoção e defesa dos direitos das pessoas atingidas pela doença e seus familiares?, comentou a coordenadora.
Durante a campanha estão sendo divulgados cartazes e spot de rádio para orientar a população sobre a doença. ?Esta campanha é muito importante para conscientizar à população sobre a existência da doença e também sobre a disponibilidade do tratamento oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)?, comentou Ana Lúcia. Em Ji-Paraná foram confirmados 91 casos da doença em 2013 e neste ano dois casos, até a última quinta-feira (23).

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20140125-151.jpg[/IMG] Um passo importante dado em Ji-Paraná em 2013 foi a descentralização do atendimento, que sempre foi feito no Centro Especializado em Patologias Tropicais- Adolfo Rohl. Segundo Ana Lúcia, desde o último ano, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), exceto o Ceci Cunha, tem profissionais de saúde treinados para identificar e tratar a doença. Disse ainda que a equipe do Adolfo Rohl fará visitas técnicas em todas as UBS, inclusive de Nova Londrina e de Nova Colina, a partir do próximo dia 10. ?As pessoas que tiverem um dos sinais ou sintomas da doença deve procurar uma UBS próxima a sua casa. Quando os profissionais das UBSs realizam um diagnóstico onde a doença está em um nível mais adiantado encaminham o paciente para o Adolfo Rohl?, comentou a coordenadora. Todo o tratamento é gratuito.

HANSENÍASE - É uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo. Pode variar de 2 a até mais de 10 anos. A hanseníase pode causar deformidades físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico no início da doença e o tratamento imediato. ?O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. Em raros casos será necessário solicitar exames complementares para confirmação diagnóstica?, informam os especialistas.

SINTOMAS ? Os sinais e sintomas da doença são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade; Área de pele seca e com falta de suor; Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade; Sensação de formigamento (Parestesias) ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato; Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés; Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos; Ressecamento nos olhos; entre outros. ?Os locais com maior predisposição para o surgimento das manchas são as mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas. Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas?, disseram os especialistas.
TRANSMISSÃO - A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar - MB) e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. Segundo o Ministério da Saúde, o bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem, porque a maioria apresenta capacidade de defesa do organismo contra o bacilo. ?É importante ressaltar que assim que a pessoa começa o tratamento deixa de transmitir a doença. A pessoa com hanseníase não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar?, afirmou Ana Lúcia Teixeira.

TRATAMENTO - O tratamento é ambulatorial, com doses mensais supervisionadas administradas na unidade de saúde e doses auto-administradas no domicílio. Os medicamentos utilizados consistem na associação de antibióticos, denominados poliquimioterapia (PQT), que são adotados conforme a classificação operacional, sendo: Paucibacilares: rifampicina, dapsona - 6 doses em até 9 meses; e Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina ? 12 doses em até 18 meses.

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