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Ji-Paraná volta a ficar sem água tratada

Data da notícia: 06/02/2014
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(Josias Brito) O Segundo Distrito de Ji-Paraná voltará a ficar sem água tratada por mais de 12 horas a partir de hoje (6). A manutenção na adutora que realiza a distribuição de água para todo distrito será a causa da falta de água, para a população. A obra só será realizada se não tiver ocorrência de fortes chuvas no local.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20140206-151.jpg[/IMG] O diretor-presidente da AGERJI (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Município de Ji-Paraná) Cleberson Viana Alves, disse que a interrupção no abastecimento de água em Ji-Paraná entre as 6h e ás 18h, será devido a manutenção corretiva da adutora que abastece todo o Segundo Distrito. ?A previsão de retorno do abastecimento será para ás 23h na parte baixa e até o início da tarde na parte alta. O resto dos bairros até as 18h do próximo dia (07), o sistema estará totalmente normalizado?, garantiu o diretor.
Além do problema da falta de água, em Ji-Paraná, uma inspeção do Ministério Público Federal (MPF) constatou que uma adutora da CAERD (Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia) localizada na ponte sobre o rio Machado está em situação precária, apresentando riscos de rompimento. Em uma reunião realizada no mês de janeiro, na sede do MPF, a Caerd foi advertida para prestar informações sobre a imediata substituição da adutora no prazo de 20 dias, apresentando documentos sobre a troca. O fato é que a companhia conta com recursos, equipamentos e mão de obra para realização do serviço, mas a obra sobre a ponte não foi autorizada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre) e, a falta de manutenção poderá ocasionar novos vazamentos na adutora embaixo da ponte.
BAIRROS - Nos bairros do segundo distrito como o Nova Brasília, Primavera, São Pedro, Riachuelo, Duque de Caxias, São Francisco, JK e outros, a falta de água tem se tornado mais frequente. De acordo com a dona de casa Marlene Lopes, nas últimas semanas, não subiu água para a sua casa, localizada no bairro JK. ?Tenho que usar um poço improvisado, para pegar água para mim e meus filhos. É graças à caridade dos vizinhos que eu também tenho água para lavar roupas, quando acontece a suspensão?, explica.
Em nota enviada a imprensa, a companhia informou a população sobre a interrupção do abastecimento da água no dia de hoje, alertando ainda aos moradores para que economizassem a água no período da manhã, por causa da manutenção na rede. ?Sempre procuramos informar a nossa população sobre as interrupções e os motivos que nos leva a realizar tal procedimento, para que, ninguém seja pego despercebido?, frisou.

ABASTECIMENTO - Cleberson Viana disse que devido a perda de água na adutora que abastece o segundo distrito e principalmente quando se interrompe o abastecimento de água pela referida adutora, como pode ocorrer na manhã de hoje se não cair uma forte chuva. O Bairro São Cristóvão, por ser distantes dos anéis de distribuição e ter algumas ruas em cotas elevadas, seu abastecimento leva mais tempo para se regularizar, cerca de 3 a 4 dias após a manutenção da adutora. ?Atendendo ao nosso pedido, previsto nas Cláusulas do Contrato de Programa e, buscando diminuir este tempo de regularização, a Caerd tem tomado algumas providências para atender os moradores do bairro?, lembrou.

PONTE ? Em janeiro deste ano, a Caerd foi advertida sobre o problema, sendo que o procurador da República José Rubens Plates lembrou do rompimento da adutora ocorrido em maio de 2012, que causou prejuízos ao tráfego de veículos na BR 364 e a necessidade de reparos na ponte sobre o rio Machado, feitos pelo DNIT, com gastos de aproximadamente R$ 712 mil. Segundo trabalhos periciais e levantamento feito pelo DNIT, o acidente teria sido ocasionado em razão da antiguidade da adutora que atravessa a ponte, instalada há aproximadamente 14 anos. O gerente da Caerd, José Iran, o representante do DNIT em Rondônia, Pedro Katusyoshi Nakayama e o secretário de Planejamento de Ji-Paraná, Marcito Pinto receberam cópias do relatório da inspeção realizada pelo MPF em novembro do último ano, com fotografias dos vazamentos encontrados na adutora.
Segundo informações da Caerd, o problema do atraso excessivo para substituição da adutora é devido a falta de autorização por parte do DNIT, que ainda não emitiu o parecer favorável para liberar o início das obras de substituição da adutora sobre a ponte.
O representante da Caerd informou que em novembro de 2013 houve ordem de serviço expedida para substituição da adutora sob toda a extensão da ponte sobre o rio Machado, mas que o projeto não previu a interferência dos cabos de fibra ótica para passagem da tubulação.

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