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ENCHENTE
Governo decreta calamidade pública no Estado

Data da notícia: 05/04/2014
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(Da Redação/Assessoria) Foi decretado nesta sexta-feira (4), estado de calamidade pública em Rondônia devido a cheia histórica do Rio Madeira. O governo explica que enviou decreto ao governo federal com objetivo de evitar possíveis mortes ocasionadas pelas inundações e consequências, como doenças, da enchente. O nível do rio está em 19,58, sendo que o maior pico registrado ocorreu dia 30 de março, 19,74, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). Cerca de 25 mil pessoas foram atingidas pela cheia, segunda a Defesa Civil do estado.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20140405-131.jpg[/IMG] Para facilitar o atendimento às vítimas da enchente, o governador Confúcio Moura decretou estado de calamidade pública. Com isso, todos os órgãos estaduais estão autorizados a colaborar com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil nas ações de resposta ao desastre, reabilitação e na reconstrução do cenário. Entre outras determinações às autoridades e voluntários, o decreto autoriza, a entrar nas casas para prestar socorro ou determinar a evacuação, sob pena de ser responsabilizados no caso de omissão.
Na justificativa, o governador lembra que as inundações graduais são características das grandes bacias hidrográficas e dos rios de planície, como o Amazonas. ?Ocorrendo o transbordamento de água proveniente de rios, igarapés e córregos, desenvolve-se de montante para jusante, invadindo terrenos, destruindo e danificando plantações, o que exige grande esforço para garantir o salvamento de animais, especialmente, bovinos, ovinos e caprinos?.
Ele ressalta o sofrimento da população com as consequências da enchente dos rios, ultrapassando a capacidade de acomodação das águas, ?fato que provoca notórios prejuízos de ordem econômica e social aos municípios de Porto Velho, Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Costa Marques, Cacoal, Pimenta Bueno e Chupinguaia?, confirmados pela Defesa Civil, por meio de levantamentos dos danos humanos, materiais e ambientais, bem como, prejuízos econômicos públicos e privados?.

DESASTRE - Confúcio considera, ainda, que o desastre tem prejudicado a atuação dos serviços essenciais, principalmente os relacionados com a distribuição de energia elétrica e com o saneamento básico, no que se refere à distribuição de água potável, disposição de águas servidas e de dejetos e coleta do lixo; que as inundações também têm contribuído para intensificar a ocorrência de acidentes ofídicos e aumentar o risco de transmissão de doenças veiculadas pela água.
Outro fato apontado pelo governador como demonstrativo do estado de calamidade pública, foi o isolamento dos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, provocado pela alagação das rodovias e estradas com a elevação das águas dos rios Madeira, Guaporé, Mamoré, Abunã, Machado, Anta, Pirarara e Riozinho, e dos igarapés Salgadinho e Tamarupá que, na última terça-feira (1º), atingiram o nível de 19,71 metros, ou seja, 2,19m acima da maior cota já registrada em Porto Velho.
Até esta sexta-feira (4), havia pelo menos 5.911 famílias atingidas pela cheia no Estado, das quais 4.140 desalojadas e 1.771 desabrigadas.

[B]Força Nacional permanecerá em Rondônia[/B]
(Ag.Brasil) Os homens da Força Nacional de Segurança Pública continuarão reforçando por mais 60 dias as ações de defesa civil e segurança em Rondônia nas áreas atingidas pela cheia do Rio Madeira. A portaria do Ministério da Justiça que prorroga a permanência do efetivo está na edição de sexta-feira (4) do Diário Oficial da União.
O governador de Rondônia, Confúcio Moura, pediu a prorrogação da permanência da Força Nacional no dia 11 de março. O prazo do apoio prestado pelo efetivo poderá ser prorrogado novamente. A Força Nacional ajuda na transferência de famílias que tiveram que deixar suas casas por causa da enchente do Rio Madeira, no controle e segurança de rodovias. A operação tem o apoio logístico e a supervisão dos órgãos de segurança pública de Rondônia.
Bombeiros da Força Nacional, especializados no trabalho de resgate de vítimas e no auxílio a desabrigados, estão no estado desde 21 de fevereiro. O rio, que tem cota de alerta de 14 metros, registrou 19,59 metros na última medição feita hoje pela Agência Nacional de Águas. Em todo o estado, cerca de 25 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes, a maioria ribeirinhos de Porto Velho e seus distritos.

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