NOTAS POLÃTICAS
[b]JOAQUIM BARBOSA[/b]
Em entrevista à GloboNews, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, declarou que não concorrerá às eleições deste ano, mas que considera essa possibilidade para o futuro. O ministro discorda que as penas aplicadas no julgamento do "mensalão" tenham sido altas demais. Para tentar comprovar a tese fez uma afirmação surpreendente. Segundo ele, as Turmas do STF condenam réus a penas mais altas, em sede Habeas Corpus. Mas ele próprio admite não ter certeza se a prisão é eficiente para punir corrupção."Tenho minhas dúvidas se esse método puramente repressivo é o mais eficaz para combater a corrupção. Talvez medidas preventivas drásticas, que doam no bolso, na carreira, no futuro dessas pessoas que praticam corrupção, sejam mais eficazes."A perda de um mandato parlamentar decretada por um outro Poder é uma das medidas mais graves que podem ocorrer num sistema de separação de Poderes como o nosso", disse.
[b]REGRAS PARA BOATES[/b]
Para evitar que se repitam tragédias como a ocorrida na Boate Kiss, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados aprovou proposta (PL4923/13) que define regras nacionais para a segurança em ambientes fechados onde ocorram eventos com grande número de pessoas. As normas vão valer para boates, danceterias, casas de espetáculos, igrejas, auditórios, bares e restaurantes com capacidade para 200 pessoas ou mais. O incêndio na boate Kiss foi um acidente que matou 242 pessoas e feriu 116 outras na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O texto aprovado reúne 15 projetos de lei que foram apresentados depois da tragédia. A proposta aumenta o rigor para a liberação dos alvarás de funcionamento de casas de shows e estabelecimentos. Também define normas a serem observadas na construção, reforma, decoração e funcionamento de espaços, além dos documentos necessários para comprovar a autorização de funcionamento.
[b]REFORMA POLÃTICA[/b]
Em reunião com lideranças de jovens no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o momento eleitoral é propÃcio para a implantação de uma reforma polÃtica, destacando que os movimentos sociais devem sair à s ruas e se engajar nessa discussão. Dilma também prometeu que o Planalto não enviará projeto de lei que criminalize os protestos nem aumente qualquer tipo de repressão, conforme relatos de participantes da reunião. "Não pensem que conseguiremos a reforma polÃtica só na relação entre governo e Congresso. à algo que exige a participação dos brasileiros para coesão de forças", afirmou a presidente. A reforma polÃtica foi uma das bandeiras defendidas pelo Palácio do Planalto em resposta à s manifestações que tomaram conta das ruas do PaÃs em junho do ano passado. Dilma propôs um processo constituinte especÃfico, mas desistiu da ideia após a avalanche de crÃticas da oposição e da própria base aliada.
[b]ETANOL NA GASOLINA[/b]
O ministro da Agricultura, Neri Geller, afirmou na quinta-feira (10), que negocia com o titular de Minas e Energia, Edison Lobão, o aumento do porcentual de etanol anidro na gasolina. Atualmente, a mistura é de 25% do biocombustÃvel e o mercado estima que seja possÃvel elevar para 27,5%. Geller e Lobão tiveram reunião sobre o assunto. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou estimativa de que na safra 2014/15 a produção de anidro cresça 8,71%. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, Neri Geller revelou a disposição do governo em evitar um novo aumento da gasolina, sobre a alta de 4% já repassada no dia 30 de novembro passado pela Petrobrás à s refinarias para a gasolina comum. A decisão atenderia a polÃtica do Ministério da Fazenda de tentar segurar a inflação.
[b]VIOLÃNCIA DOMÃSTICA[/b]
A Câmara dos Deputados aprovou em plenário um projeto que obriga o Sistema Ãnico de Saúde (SUS) a pagar cirurgias plásticas reparadoras para vÃtimas de violência doméstica. A proposta vai a sanção presidencial. O projeto inclui na lista de princÃpios do sistema a "organização de serviços públicos especÃficos e especializados para atendimento de mulheres e vÃtimas de violência doméstica em geral". Estes serviços terão de garantir atendimento, acompanhamento psicológico e as cirurgias plásticas reparadoras. O projeto tem origem em uma CPI mista que investigou a violência contra a mulher.
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