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OS ESCRITORES E OS LIVROS ELETRÔNICOS
*Por Luiz Carlos Amorim Vejo, no noticiário, que o crescimento da venda de livros eletrônicos, nos últimos tempos no Brasil, está maior do que as vendas nos Estados Unidos, quando do ?boom? daquele produto. E existe previsão de que cresça ainda mais, de 1,17% para mais de 2,5%, por conta do total do faturamento do mercado editorial brasileiro. Até porque foram vendidos, no Brasil, em 2013, 8 milhões de tablets e 35 milhões de smartfones, aparelhos que podem ser usados para a leitura de e-books, além dos e-readers específicos para esse fim. Outra coisa que deve aumentar a venda de e-readers e de e-books, consequentemente, é a modificação na lei da Política Nacional do Livro, que deve ser aprovada brevemente e que inclui, na isenção de impostos para livros, os equipamentos cuja função exclusiva ou primordial seja a leitura de textos em formato digital. Com toda essa revolução em ebulição, nós, escritores, além das editoras, precisamos atentar e pensar em aderir ao e-book, o livro eletrônico. Precisamos fazer isso porque o livro tradicional, impresso em papel, vai acabar? Não, isso não vai acontecer tão cedo. Vai demorar bastante para o livro eletrônico equiparar ou suplantar o livro como o conhecemos até agora. Talvez isso nem aconteça. Mas nós, que publicamos livros, precisamos entrar nesse novo mercado e, além do livro impresso, é bom pensar em providenciar também a versão eletrônica, para conquistarmos também os leitores que já estão usando os e-readers, os leitores dos e-books. Mesmo aqueles escritores que se consideram alternativos. A verdade é que muitos de nós já publicava, desde meados da década passada, seus livros em versão eletrônica, colocando-os na internet, para serem baixados de graça. Ninguém cobrava nada. Agora é hora de começar a pensar em colocar os livros em lojas virtuais, tentar vendê-los, pois o preço de um livro eletrônico é bem convidativo, menor do que o preço do livro impresso e isso pode significar alguma venda. E as gigantes mundiais das vendas on-line já aportaram no Brasil, então, há que não se perder tempo. Estou agourando, com isso, o fim do livro tradicional? Não, porque como já disse, isso não vai acontecer. O índice de venda dos livros eletrônicos, dentro do universo da venda de livros em qualquer formato é, como já vimos, bem pequeno. E nos Estados Unidos já estacionou. Então, o livro de papel, manuseável, aquele que prescinde de qualquer fonte de energia a não ser a nossa vontade de ler, vai continuar, sim, por muito e muito tempo. Mas é necessário que nos adaptemos às novas tecnologias, que podem caminhar paralelas aos recursos que já existiam e que continuarão existindo. *Luiz Carlos Amorim é Coordenador do Grupo Literário A ILHA em SC, com 33 anos de atividades e editor das Edições A ILHA, que publicam as revistas Suplemento LIterário A ILHA e Mirandum ...


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