Reunião define sobre ponte Brasil/Bolívia
(Assessoria) Um encontro entre delegações brasileira e boliviana no hotel Pacaas Palafitas, em Guajará-Mirim, definiu ontem (21) a assinatura do Termo de Referência para o projeto básico de engenharia e a minuta do edital para a construção da ponte binacional Brasil/Bolívia.
A obra, que representa para o Brasil mais uma opção de saída para o Pacífico, abre, para Guajará-Mirim e região, a perspectiva de uma verdadeira revolução na economia, com a abertura de um imenso mercado para a produção local. A ponte resgata também um compromisso histórico do governo brasileiro, assumido com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, no qual o Brasil se comprometia a oferecer à Bolívia uma saída para o oceano Atlântico, ao tempo em que anexava o estado do Acre.
Para o diretor de Planejamento e Pesquisa do DNIT, Miguel de Souza, a ponte, numa avaliação prévia, deverá custar em torno de R$ 200 milhões ao governo brasileiro e terá 1.100 metros, com pista dupla e passagem de pedestres de ambos os lados protegidas por New Jersey, imensos blocos de concretos instalados ao longo da duplicação.
Ainda não está acertada com a delegação boliviana a localização da obra, mas o local mais adequado é próximo ao mirante de Guajará-Mirim. Ali o leito do rio é mais apropriado para as fundações e a largura menor.
No lado brasileiro isso não representará qualquer problema de acesso e, no lado boliviano terá que ser pavimentada uma estrada já existente de aproximadamente três quilômetros até o centro de Guayaramerim. Qualquer outra opção representará uma elevação insuportável no custo da obra.
A ponte vai representar uma conquista muito maior para o município de Guajará-Mirim, pois virá acompanhada da abertura da BR-080, cujo trecho final vai ligar Machadinho do Oeste a Nova Mamoré, cruzando com a BR-364 em Ariquemes e oferecendo à região uma nova opção de acesso aos estados do sul. Miguel de Souza que, quando presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia, lançou a idéia de buscar uma saída para o Pacífico, tem justificados motivos de satisfação com a concretização dessas obras, já que todo o planejamento passa pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa do DNIT.
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