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Presidenciáveis não dizem como vão bancar propostas
Com muitas generalidades e alguns pontos em comum, os programas de governo dos três principais candidatos à Presidência da República na eleição deste ano não esclarecem o principal: de onde virá o dinheiro para implementar suas agendas, sobretudo em um cenário de crescimento medíocre como o atual. Um exame dos planos de governo de Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostra que há pouca inovação e boa dose de continuísmo nas propostas dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais. De novidade, a presidente Dilma propõe pouco. Ao contrário, apoia-se fortemente nas realizações dos dois mandatos de Lula e de um seu para pleitear mais quatro anos e evitar "retrocessos". Na média, sob Dilma o Brasil terá crescido à metade do ritmo dos dois governos de Lula. Programas do PT adotados por Lula e Dilma também ganham destaque nos planos de Aécio Neves. O tucano cita nominalmente e ainda promete aperfeiçoar nada menos do que quatro deles: ProUni, Ciência sem Fronteiras, Mais Médicos e Minha Casa, Minha Vida. Aécio diz que padronizará a remuneração dos médicos estrangeiros no Mais Médicos, evitando distorções geradas no governo Dilma, em que cubanos recebem menos do que os demais profissionais. O programa do terceiro mais bem colocado, Eduardo Campos, é o mais genérico. É forte a influência da vice, Marina Silva, na carta de intenções do PSB. Mas o resultado de promessas e "eixos programáticos" com viés "verde" é que sua agenda se torna bastante inespecífica. Praticamente inexistem nos programas de governo dos três presidenciáveis ideias de como eles irão financiar o que prometem. Fala-se muito, e quase somente, em melhora de gestão e racionalização de gastos. Como geralmente gastos sociais e investimentos públicos são calculados como proporção do PIB, o fato de a economia estar crescendo pouco tende a inviabilizar mais recursos em áreas como saúde e educação, e sobretudo em programas novos que dependam de dinheiro extra. Com informações do Jornal Folha On Line. ...


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