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Falta de professores gera protesto de alunos

Data da notícia: 03/09/2014
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>O ano letivo de diversos alunos vem sendo prejudicado pela falta de professores na escola
(Josias Brito) Mais uma escola da rede estadual de ensino registrou protesto, na manhã de ontem (02), pela falta de professores de várias matérias. Desta vez o movimento protestante foi realizado por alunos da Escola Estadual Jovem Gonçalves Vilela, em Ji-Paraná. Os alunos do 3º anos saíram do estabelecimento e bloquearam a entrada dos demais estudantes, professores e funcionários da escola. O professor e diretor da Representação de Ensino (REN), José Antônio de Medeiros esteve na Escola Jovem Gonçalves Vilela e anunciou o início da contratação dos educadores aprovados no último concurso, além dos emergenciais.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20140903-151.jpg[/IMG] Os mais de 300 alunos tomaram as escadarias e os portões que dão acesso a entrada da escola e, gritando palavras de ordem, exigiam a presença do representante da REN e a contração imediata de um professor de português. Além da falta do professor de Língua Portuguesa, a escola vem tendo problemas também com a defasagem de professores de química e biologia.
Conforme os alunos, a Escola Jovem Gonçalves Vilela está sem professor de português desde o último dia 18 de maio deste ano. A denúncia é feita pelos alunos do 3º ano do ensino médio da instituição, que se dizem prejudicados pela ausência dos profissionais. A diretora do colégio, Sandra Oliveira, informou que dois educadores da instituição pediram exoneração dos cargos, por isso as vagas ficaram abertas. A direção diz que já solicitou a contratação de novos docentes.
A Coordenadoria Regional de Ensino (CRE) garantiu que os professores seriam contratados em até 10 dias, mas por problemas documentais, o prazo foi adiado para 90 dias. ?No mês de novembro encerra o ano letivo e o que vai adiantar a chegada do professor após a conclusão do ano?, lembrou a estudante S.O.

PREJUÍZOS - A preocupação dos alunos, segundo os próprios estudantes é maior ainda com a proximidade da formatura do 3º ano e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para novembro. Do total das áreas de conhecimento avaliadas na prova, 40% correspondem a gramática, literatura e redação, matérias diretamente ligadas à Língua Portuguesa. ?A falta de professor já é um grande problema, sendo de português é pior ainda, já que a matéria é a mais cobrada em concursos e vestibulares. Sem falar nas redações, que valem boa parte da nota?, reclama J.A., aluna do 3º ano.
A Coordenadoria Geral de Ensino de Ji-Paraná respondeu que até na próxima semana será providenciada a contratação emergencial de professor. Segundo o diretor da REN José Antônio, calcula a espera de mais cinco dias para que os profissionais sejam contratados e comecem a trabalhar. Além dos dois educadores para a Escola Estadual Jovem Gonçalves Vilela, serão admitidos novos docentes para atuarem em outras áreas e estabelecimentos da rede de ensino. A contratação em caráter efetivo dos profissionais só poderá ser feita a partir de 2015, uma vez que é período eleitoral neste ano e a realização de concursos públicos fica proibida por lei.
CARÊNCIA - A direção da Escola Estadual Jovem Gonçalves Vilela também informou a carência de outros profissionais no quadro da instituição. De acordo com a diretoria, faltam zeladores e merendeiros. A CRE explicou que a contratação de pessoas para essas vagas é mais complicada, devido à proibição legal de contratos emergenciais para esses cargos. A Coordenadoria aguarda a finalização de um parecer orçamentário da Secretaria Estadual de Finanças sobre a viabilidade de admissão de profissionais aprovados no concurso de 2010.
MANIFESTAÇÃO ? Após uma tensa negociação com o diretor da REN, os estudantes resolveram retornar para as salas de aula, por volta das 10h30. De acordo com os alunos, o diretor prometeu, em menos de uma semana, contratar um professor de português para atender a demanda da escola. Os estudantes garantiram que se a Representação de Ensino não resolver o problema da falta de professores e, não cumprir com o que foi tratado após a reunião, novas manifestações serão feitas, inclusive com passeata pelas principais ruas e avenidas do município e o fechamento da entrada da escola.

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