INCÊNCIO
Grupo mata trabalhador e incendeia sede de fazenda em Alto Paraíso
Um trabalhador foi morto e a sede da fazenda Formorsa incendiada, na zona rural de Alto Paraíso (RO), a 230 quilômetros de Porto Velho. O crime aconteceu na última quinta-feira (9), quando dois funcionários foram emboscados por homens armados na propriedade. O outro empregado conseguiu fugir, sem ferimentos. A Polícia Civil investiga o caso.
A Polícia Militar (PM) foi informada sobre sinais de fogo na fazenda. No trajeto, os agentes encontraram o trabalhador que conseguiu escapar da emboscada. O homem contou que ele e seu colega estavam a cavalo quando foram atacados por homens que chegaram atirando com espingardas. A vítima, então, abandonou o animal, fugiu a pé e se escondeu na fundiária da propriedade.
Após o crime, o grupo colocou fogo na sede, depósitos e maquinários. A PM encontrou cartuchos de vários calibres no local. ?Nossos homens foram ao local, mas não podemos dizer, ainda, se o crime está relacionado com conflito agrário. O que sabemos é que se trata de um homicídio?, enfatiza o comandante do 7ª Batalhão, coronel Vasconcelos.
Tentativa de homicídio
No dia 23 de setembro último, o proprietário da fazenda Formosa, um homem de 69 anos, sofreu uma tentativa de homicídio. A vítima contou à polícia que estava próximo à sede da propriedade, quando um grupo de homens armados efetuou vários disparos contra o veículo. Ele conseguiu arrancar com o carro e não foi atingido. Na ocasião, o fazendeiro disse que estava recebendo ameaças de morte por invasores que ocuparam a fazenda e foram retirados numa reintegração de posse.
Reintegração de posse
A fazenda Formosa ficou invadida por mais de um ano. Em julho de 2013, um grupo de 40 policiais militares e quatro civis acompanhou um oficial de Justiça até a propriedade, que estava invadida por cerca de 100 pessoas. Após quase duas horas de negociações, os invasores se negaram a deixar a fazenda, mas não houve conflito com a polícia.
Em seguida, a liminar de reintegração de posse da Fazenda Formosa foi suspensa pela Justiça, após um pedido feito por representantes dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, e as famílias continuaram no local. O proprietário recorreu da decisão e obteve novamente a reintegração de posse, que foi cumprida em julho deste ano.
Matéria: G1/RO
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